Wednesday, August 30, 2017

All Eyez on Me

Mais de vinte anos passados sobre a morte de um dos maiores simbulos da historia do RAP americano, e ainda assombrado por diversas duvidas relativas a autoria da sua morte, eis que surge o primeiro grande biopic de Tupac Shakur, com alguma expetativa por aquilo que artista se tornou principalmente depois de morrer. COntudo rapidamente se percebeu que em termos criticos este biopic nao tinha reunido grande consenso, com resultados negativos. Comercialmente as coisas foram melhores principalmente tendo em conta os resultados tipicos de biopics de musicos, mas poucos tem a dimensao e ainda alguma atualidade na cultura americana como este Tupac.
Sobre o filme eu confesso que a figura de Tupac era uma das que me chamava particularmente à atenção quer pela sua morte precoce mas também pela riqueza musical que deixou, bem como pelo conflito entre gangs que resultou não so na sua morte mas tambem na de Notoriuous Big. E depois de ver o filme das duas uma, ou a vida de Tupac, não foi assim tão interessante para dar um filme, algo que pode ser verdade em face de ter morrido tao cedo, ou o filme é tão mal produzido e escrito que não consegue tornar interessante nenhum dos pontos da vida do cantor, já que no final, para alem dos momentos musicais não temos uma intrigue que acaba por funcionar.
Mas não é apenas neste ponto que os problemas do filme surgem, a montagem com os avanços e recuos temporais, são totalmente sem sentido, ou seja, nunca percebemos o motivo dos retrocessos, ficamos com a sensação que personagens entram e saem do filme sem qualquer explicação, tem montes de sequencias sem contexto, e mais que isso sem qualquer tipo de seguimento na narrativa, o que fica a ideia de um filme que foi montado sem qualquer razão ou substancia e isso é talvez dos piores defeitos que um filme pode ter.
E assim acaba um biopic que ate poderia ser interessante e mediatico, com uma boa escolha principalmente fisica dos seus interpretes, se tornar num filme que mais que não ter conteudo e mal construido nos seus pontos basilares, e que provavelmente vai defraudar as expetativas de pessoas que como eu queriam perceber pelo menos algumas das vivencias do rapper, e principalmente do conflito entre os lados, que apenas e referido ao de leve no filme.
A historia tenta-nos dar todo o percurso pelo menos profissional de Tupac Shakur e algumas das suas vivencias, quer na sua vida pessoal, criminal e profissional até ao momento trágico da sua morte.
Em termos de argumento penso que alguma desta analise pode ser enviesada pela pessima montagem do filme, que acaba por nao permitir que nenhum dos pontos de interesse do filme seja percetivel e trabalhado no filme, e isso parece ser propositado mas e um dos maiores erros que vi nos ultimos tempos.
E na realizaçao e na montagem que o filme perde toda a sua força, Benny Boom, um realizador de filmes de serie B, teve aqui um filme maior do que ele, e em vez de ir pelo meio simples de contar uma historia temporalmente definida, tentou inventar, dar uma vertente pessoal de conjugações de momentos e estragou o filme por completo. É uma das obras em que o dedo do realizador colocou tudo em causa.
Num cast mais preocupado com as semelhanças fisicas do que propriamente com a qualidade dos seus interpretes, algo que poderia ser arriscado, talvez surpreendentemente foi o aspeto que resultou melhor, porque principalmente Shipp Jr encarna na perfeiçao a imgem de Tupac, mas tambem esse foi o motivo da sua escolha, ja que ate entao ninguem o conhecia.

O melhor - As semelhanças fisicas entre os interpretes e as personagens

O pior - A montagem temporal do filme, um autentico desastre

Avaliação - D+

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