Monday, August 28, 2017

Leap!

Esta passagem do verão para o Outono normalmente resulta num período de arrefecimento nas estreias em Hollywood, principalmente porque a ressaca das ferias normalmente não conjuga com idas ao cinema. Dai que por vezes é comum neste período estrearem alguns filmes de outros circuitos com valores comerciais menores. Foi isso que aconteceu com este Leap, que quase um ano depois de ter saido na maioria dos circuitos so agora chegou ao circuito norte americano, com criticas medianas, o que usualmente não serve de impulso para filmes de animaçao, e se grande trabalho comercial, razão pela qual os resultados também foram eles pouco visiveis.
Sobre o filme, torna-se cada vez mais proximo pelo menos na componente tecnica os filmes de animaçao de estudios mais pequenos com aquilo que os grandes de holywood vão conseguindo fazer. E tecnicamente que este filme brilha mais, principalmente ao captar alguma da luz de Paris no inicio de ano, e por ter a ambiçao de o fazer, ja que normalmente temos pouco trabalho de contextualizaçao temporal nos filmes de animaçao, e esse risco desde logo deve ser louvavel neste filme.
Claro que em termos de argumento e historia de base, normalmente existe uma maior dificuldade em tornar os filmes de grande impacto, ou pelo menos faze-los fugir de uma forma de cinema previsivel, aqui temos a tipica historia do falhada que se torna uma historia de sucesso, com algum apontamento de romantismo, mas quase sempre sem grande graça para alem de um ou outra tentativa de humor fisico. por tudo isto parece-me obvio que se trata de um filme muito mais interessante na sua analise tecnica do que propriamente naquilo que conta, com exceção da sua contextualizaçao historica.
Mas é importante sublinhar o facto da animaçao ser cada vez menor um bastiao dos grandes grupos, e que com meios menores outras produtoras, ja consigam trabalhos competentes, mesmo que em termos de historia e significado das suas obras essa distancia na maior parte das vezes ainda é bem visivel, mesmo conseguindo ja chamar a si algumas figuras conhecidas para o trabalho de dobragem
A historia fala de dois orfãos com sonhos diferentes no mesmo espaço que decidem fugir do orfanato para a grande cidade de paris, ela para ser bailarina, ele para ser um inventor de primeira linha.
Em termos de argumento como acima ja sublinhamos, as historias mesmo que consigam alguma força emocional, ainda não conseguem ter um significado e um impacto moratorio que os filmes maiores conseguem, aqui parece-me que o filme e sempre demasiado obvio, para um desfecho esperado e isso nos filmes de animaçao começa a ser curto.
Na realizaçao e produçao do filme a dupla de Erics, franceses que tem aqui a experiencia inicial na animaçao com um resultado compentente, devendo se louvar a tentativa com sucesso relativo de tentar recriar um paris de inicio do seculo, algo que ainda não e muito potenciado nos filmes de animaçao, devendo ser sublinhado este risco.
No cast de vozes Fanning e DeHaan/wofl são boas escolhas para a dupla de protagonistas, no caso de Fanning a sua voz encaixa na suavidade e leveza da personagem sem esconder o lado rebelde, e acabou por ser uma boa opçao num filme que nao exige grandes interpretaçoes vocais.

O melhor - O risco de uma recriaçao temporal

O pior - Demasiada prevesibilidade na historia

Avaliação - C+

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