Nos
ultimos dois anos o genero do cinema que tem tido mais sucesso, acaba
por ser thrillers de acçao com abordagens agressivas e com uma forma
de abordagem diferenciadora. Foi assim no sucesso de John Wick, e
mais recentemente com Baby Driver e com este Atomic Blonde. Que
depois de um trailer bastante aperciado acabou por reunir criticas
positivas, o que potenciou o filme em termos de receitas de
bilheteira, que acabaram por ser consistentes sem nunca ser
explosivas.
Sobre
o filme, uma semana depois de ver Baby Driver, fiquei com a sensaçao
que poderia estar aqui um filme parecido, e nao me enganei, a
abordagem musica sequencias de acçao e a mesma entre dois filmes,
embora na minha opinião este não so seja mais artista nas
abordagens das sequencias, algumas delas do mais bem filmado que vi
este ano, mas tambem numa narrativa mais complexa, mais original e
com twists mais bem montados, que fazem deste Atomic Blonde um dos
filmes mais originais e mais bem conseguidos do ano.
Um
dos pontos que chama a atençao e a forma como a musica dos anos 80
periodo em que a acçao do filme decorre consegue caracterizar cada
momento do filme. Obvio que podermos dizer que em termos de lado
emocional e um filme mais frio, mais cru e mais violento, mas temos
algumas sequencias de luta do melhor que vimos nos ultimos tempos, na
abordagem, no realismo e na abordagem da camara, que torna este filme
um objeto delicioso.
Por
tudo isto e mais que tudo pela forma como consegue ter um jogo de
espionagem com avanços e recuos no seu argumento, que surpreende o
espetador, ora dando pistas verdadeiras como falsas acaba por tornar
este filme, uma obra de referencia na acçao que consegue conciliar
bons momentos no argumento como uma produçao de primeira linha em
termos estetico, nao tendo medo de arriscar ainda numa
contextualizaçao historia que serve como marco do tempo do filme.
A
historia fala de uma espia do MI6 que acaba por ser enviada para
Berlim separado pelo muro de forma a tentar perceber quem roubou uma
lista de identifica os agentes secretos, mas mais que isso tambem
perceber quem e o espiao que joga nos dois lados do muro.
Em
termos de argumento, nao sendo muitas vezes o filme de entendimento
simples, ja que muita da atençao do espetador vai para as cenas de
açao, acaba por ser mesmo assim e entendendo o plano global, um
argumento original, surpreendente, que podera ter algumas
dificuldades na caracterizaçao das personagens mas se trata
facilmente de um filme de primeira linha
Leitch
e um realizador que tem aqui o seu primeiro trabalho a solo, depois
de nao ter sido creditado na realizaçao de John Wick onde
participou, e como amostra a sos podemos dizer que o trabalho e
brilhante pela forma como consegue se diferenciar nas abordagens de
açao, mas mais que isso no exercicio de estilo que o filme tem a
qualquer momento. Tem nascido muitos realizadores de acçao
originais, Leitch podera sert um deles.
No
que diz respeito ao cast, e um filme que pensa mais no exercicio
estetico da sua personagem central mais que na exigencia de
interpretaçao e nisso a escolha de Theron e perfeita pela presença,
carisma e mais que isso pela entrega fisica que a mesma da a
personagem. McCvoy acaba tambem por ser uma excelente escolha ja que
e dos actores que atualmente mais consegue funcionar em termos de
rebeldia natural
O
melhor - A abordagem de realizaçao do filme
O
pior - Ter um argumento algo complexo mas funcional para um filme tao
visual
Avaliação
- B+
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