Quando uma actriz de
primeira linha como Naomi Watts se junta a uma das maiores revelações
do ano passado, como o pequeno Jacob Tremblay, e uma das revelações
da televisão deste ano, concretamente Charlie Heaton, as previsões
seriam sempre as melhores, mesmo num genero sempre complicado como o
terror. Dai que o mundo ficou surpreendido quando este filme obteve
algumas das piores criticas do ano, conseguindo mesmo com que Watts
conseguisse a nomeaçao indesejada para o Razzie. Em termos
comerciais outro desastre completo com o filme a não conseguir
chegar em termos domesticos a curta marca de 10 milhões.
O terror é sempre um
genero complicado, onde é necessário desde logo assumir uma escolha
entre o sobrenatural e algo que pode na realidade acontecer. O filme
fica a meio caminho, porque escolhe a segunda via, contudo não tem
nunca a coerencia para o sustentar acabando por se tornar uma
narrativa sem qualquer tipo de possibilidade de ocorrer, e mais que
isso sem grande sentido, mesmo que tente introduzir o tema do
complexo de edipo, o filme é sempre muito pouco coerente em termos
internos e isso acaba por ser um dos piores defeitos que um filme
pode ter.
Por outro lado é um
filme que desiste muito rapido na intriga narrativa a meia hora do
fim, o filme desiste de ter algo de novo ou ter historia limitando-se
a uma sequencia de seguimento interminavel, repetitiva e cansativa
que acaba por reduzir em termos totais o filme a uma hora circundante
onde nada e explorado como a relação central entre a personagem de
Watts e Tremblay, que no desenvolvimento do filme necessita de uma
coesão que nunca percebemos a razão.
Enfim os erros do filme
são tantos em termos de como fazer um filme seja ele de que genero
for, que a unica questão que fazemos sucessivamente e o que Naomi
Watts viu nesta historia para aceitar protagonizar um filme que mesmo
comparado com os filmes de adolescentes de terror fica a perder na
maioria dos casos.
A historia fala de uma
psicologa que depois da morte do marido num acidente de viação fica
com o filho deste, tetrapelegico a cargo, manifestando dificuldades
em conciliar os cuidados do mesmo com a sua profissão. Tudo fica
pior quando um seu cliente menor desaparece após aparecer em sua
casa.
Em termos de argumento
o filme até poderia ter uma historia basica e funcional em termos de
terror, mas e muito pouco potenciada no filme. Parece que existe
ansiedade em conduzir o filme para o seu fim, para o seu climax, que
se prolonga sem grande sentido, tornando o filme totalmente vazio em
todos os aspetos.
Na realização Farren
Blackburn, mais um novato oriundo da televisão ficara conhecido por
desaproveitar talento num filme sem sentido, e mesmo em termos de
realização demasiado escuro tirando muitas vezes a percepção do
espetador do que realmente está a ocorrer.
No cast, Watts tem o
papel que qualquer adolescente do meio da tabela poderia ter num
filme de terror serie B, não tem espaço para dar algo de mais ao
filme, e acaba por ser totalmente suprimida pela falta de qualidade
do filme. Heaton acaba por ser o unico que tem alguns bons momentos
na sua dualidade que já exprimentara em Stranger Things. Tremblay é
totalmente inexistente no filme
O melhor – Heaton
O pior – A
incapacidade do filme pensar que a sua narrativa pode funcionar e
conduz o filme para o seu climax interminável
Avaliação - D
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