Peter Berg é um dos
realizadores atualmente mais nacionalistas dos EUA, e mais que isso
um dos realizadores mais ativos, sendo que lançou dois filmes em
pouco tempo com o mesmo protagonista Mark Whalbergh disposto a
homenagiar diversas classes profissionais. Neste segundo filme
aparentemente o com mais objetivos de premios a homenagem surgiu para
os policias que estiveram envolvidos no ataque terrorista da maratona
de Boston. Criticamente as avaliações essencialmente positivas
foram incapazes de lançar o filme na corrida, onde apenas foi
mencionado no top 10 do National Board Review. Em termos comerciais,
um resultado moderado em face do lançamento em final de ano sempre
complicado com muitas opções.
Eu confesso que este
ano existiram demasiados filmes que glorificam o espirito de combate
americano e de propaganda patriota, mas poucos de uma forma tão
declarada como este. E nessa propaganda o filme tem todos os
elementos de uma comicio americano de louvar aos seus e acima de tudo
de guerra ao terrorismo, algo que poderia ser um panfleto
republicano, com as doses necessarias de lado emotivo e lamechas que
estes filmes tem, mas que acabam por lhe tirar alguma seriedade
principalmente nos dialogos, quando se propoem a retratar um facto
real.
Se este e talvez o
maior difeito do filme, em termos tecnicos e de realização o filme
é de primeira linha, a forma como o filme consegue efetuar o
paralelismo com as imagens reais, muitas delas ainda na memoria de
todos nos. A forma como é filmada a sequencia das explosões, e do
primeiro calibre e denota a boa forma de Peter Berg em ser realista
em situações de procução nem sempre facil.
Assim no filme, e pese
embora seja daqueles filmes emotivos e com significados que todos
gostamos, com o tipico cliche das figuras reais darem no final o seu
testemunha e engrandecer o espirito americano, parece-me claramente
exagerado a forma como o filme cai em cliches de propaganda patriota,
sublinhando aqui estão os bons e tudo o resto é claramente menor.
Mesmo que é sempre bom homenagear classes de bem comum.
A historia fala de toda
a operação policial que incidiu e respondeu ao atentado terrorista
na maratona de Boston que matou tres pessoas. O filme centra-se na
operação policial que levou a captura dos seus autores.
Em termos de argumento
para alem daquilo que é conhecido da historia em si, o filme não
arrisca demasiado na construção do complemento indo sempre pelo
caminho mais facil e emotivo. Podemos dizer que em termos daquilo que
o filme se aproxima do espetador acaba por ser uma boa opção mas
sem o impulso para mais outros voos.
Na realização Berg
tem momentos de primeiro nivel na facilidade com que consegue recriar
imagens de situações que tão na nossa memoria com um rigor
impressionante. Berg tem o melhor do filme, mesmo que por vezes no
tema e no teor me pareça com dificuldade de sair de alguma
redundancia.
No cast o filme não
exige muitos dos seus actores, já que as personagens são
extremamente secundarias no desenvolvimento do filme, dando primazia
ao acontecimento em si. Whalberg no lado rebelde funciona sempre, e
os restante estão em nivel normativo para cumprir num filme pouco
exigente neste ambito.
O melhor – A
realização na sequencia das explosões.
O pior – O
patriotismo quase trumpiano
Avaliação - C+
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