Saturday, February 04, 2017

Moonlight

Desde as primeiras visualizações em alguns festivais que este pequeno filme se tornou na sensação critica de 2016, com avaliações quase unanimes como há muito não se viam e que tornou um pequeno projeto num dos mais serios candidatos aos oscares e mais que isso o melhor filme dramatico nos globos de ouro. Comercialmente tendo em conta os objetivos iniciais do filme e muito potenciado pela corrida aos premios o filme foi muito mais alem do que realmente alguma vez poderia esperar.
Eu confesso que tinha muita expetativa num filme que reuniu tanto entusiasmo critico, talvez por isso quando sai do cinema fiquei com o sentido que algo mais o filme tinha que ter para tanta unanimidade, e mesmo agora que escrevo a critica e mesmo percebendo a dimensão de um tema quase nunca abalado. A coragem do filme em tentar quebrar alguns tabus, um filme com boas sequencias e quase sempre bem realizado, mas acima de tudo um filme que pesca muito daquilo que foi efetuado noutros filmes principalmente Boyhood, e nisso confesso que estava a espera de mais especiarias diferenciadoras.
Claro que pode-se sempre dizer que o filme e silencioso como a vida do seu personagem naquilo que esperam dele e aquilo que é, essa dicotomia e bem trabalhada no filme, que é mais do que qualquer coisa o assumir de uma vontade contra tudo, e nisso o filme é corajoso, penso é que mesmo trantando de uma forma emocional o tema, o filme poderia ir mais longe, ser mais longo trabalhar mais a relação com Juan, parece sempre um filme demasiado introspetivo para ser uma obra, prima que acabou por ser na maioria nas analises.
Por isso para mim Moonlight é um filme competente sobre um tema interessante, debruçado principalmente em filmes mais independentes mas que se deixa adormecer nos seus silêncios, um filme que poderia ser mais obejtivo na emoção e menos generalista, é um dos bons filmes do ano mas tenho duvidas que seja dos melhores.
A historia fala de um jovem introvertido nascido num bairro social de Miami, que tem de crescer no meio de marginais com caracteristicas pessoais muito proprias. O filme demosntra tres fases da sua vida com identidade diferentes.
Em termos de argumento é obvio que a historia que o filme traça é corajosa e significativa, mas tambem me parece que outros filmes já trabalharam sobre isto, principalmente Boyhood, temos algumas diferenças e termos acima de tudo uma forma diferente contextual de abordar o filme, mas na essencia não temos assim um impacto tão grande.
Jenkins tem uma boa realização, principalmente por conseguir dar um lado poetico as cenas e marcar as mesmas, e é muito nos detalhes que o filme vai ganhando mais valor, sendo a realização um desses pontos.
No cast por muito que os louros tenham ido para Ali, por motivos que ate agora desconheço, pese embora goste dele como actor, é Harris quem brilha mais, tem o não so o melhor papel como a melhor execução. No que diz respeito as figuras principais, o lado mais dificil vai para Hibbert mas que acaba por ser o que mais impacto acaba por ter.

O melhor – A realização.

O pior – Parecer demasiado Boyhood com traços da vida de adelle.

Avaliação - B

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