
Sobre o filme, existe
uma certeza que Jim Jarmusch não faz filmes para o grande publico
apostando sempre no cinema do detalhe, do promenor, no estilo de
filme que procura os acasos do dia a dia ou força das personagens. E
normalmente este filmes são demasiado soltos, interessantes mas no
fim o seu impacto é sempre reduzido, mesmo que ao longo da sua
duração nos vá transmitindo algumas emoções e aproximações
entre personagens. Aqui temos um filme poetico, que se assume dessa
forma, nas coisas simples, e nisso podemos até achar graça, mas não
será nada demasiado intenso.
Penso que o filme tem
alguns pontos que funcionam bem, mesmo desistindo de uma intriga
tipica de um filme comum, que é a relação central, nos silencios e
nas diferenças o filme consegue tornar bonito os lados diferentes de
cadas personagens sendo o detalhe do preto e branco algo de magnifico
na personagem feminina, aquela que da o lado emocional ao filme. E
como casal as coisas funcionam pela naturalidade e isso acaba por ser
o coração do filme.
Por tudo isto Paterson
mesmo tendo os valores que Jim quer dar ao filme, é um filme
demasiado simples, demasiado intlectual em vertentes que lhe tiram
algum impacto. Os amantes do realizador vão louvar novamente o seu
lado representativo, mas não é desta que o filme seja para o grande
publico, ou mais que isso não é desta que o filme passe a ser mais
que um bom momento.
A historia fala de um
condutor de autocarros, com uma veia poetica que ao longo de uma
semana vai registando o seu dia a dia em poemas num livro, enquanto a
sua namorada se aplica em diversas artes.
O argumento é solto, é
daqueles filmes que considero sempre faceis de fazer, pois não tem
um climax, não tem um centro narrativo, limitando-se ao dia a dia. E
mesmo que estes pontos ate nos deem cenas interessantes parece mais
facil o fazer do que um filme mais comum, e por isso mesmo com bons
detalhes parece-me um argumento mais facil.
Na realização Jim
como sempre o faz da o filme as personagens e as ligações entre
elas, consegue excelentes momentos a dois no casal, mas parece-me que
comparativamente com o nome que já tem, poderia ter algo mais seu
como assinatura.
No cast Adam Driver dá
ao filme o lado simples que o filme necessita, o lado introvertido da
personagem que acaba por servir os objetivos do filme, sendo mais
ajudado pela sua colega de cast, Farahani, que preenche melhor os
momentos romaticos
O melhor – Os
momentos simples de um casal aparentemente bem conjugado
O pior – Jim ainda
distancia demasiado os filmes da forma comum
Avaliação - C+
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