Se existe facto
indiscutivel em Hollywood é que James Franco é a pessoa mais activa
sendo comum ao longo do ano diversos filmes do mesmo com interprete,
sendo que essa hiperatividade nos ultimos anos tem-se alastrado
também à realização de projetos mais pequenos. Em 2016 e com um
cast de luxo surgiu este seu filme sobre os conflitos no pos
depressão, um dos seus filmes mais ambiciosos, mas que acabou por
ter o mesmo resultado de que os restantes, criticamente mediano e
comercialmente arrastado para cinemas selecionados que não
premitiram grande expressão.
Sobre o filme, pensando
um pouco em todos os filmes que Franco fez como realizador este é
claramente o maior e aquele de maior alcance, na forma como tenta
introduzir uma temática mais global, o problema do filme é que
acaba por ter erros de construção que lhe tiram dimensão, muito
por culpa de tentar fazer mais que um filme de uma causa uma
telenovela de personagens que acaba por se tornar num enredo tipico
da novela das 20.
Mas isso mesmo
condicionando o impacto final de um filme com uma premissa e com uma
historia interessante do ponto de vista da historia dos direitos dos
trabalhadores acaba mesmo assim por ser mais significativo e
funcional do que a maior parte dos outros filmes de Franco enquanto
realizador. Temos alguns cliches na construção narrativa e na forma
como diferencia de uma forma Bons e maus ambos os lados da batalha,
algo que muitas vezes diferenciam as obras maduras sobre um tema e os
restantes.
Ou seja um filme
simples, com métodos simples, muitas vezes ao contrário de outros
filmes dá a primazia ao valor das personagens mais do que
propriamente da historia e dos seus elementos, o que neste filme
deveria na minha opinião ser feito de uma forma mais subtil. Mesmo
assim um filme que acaba por nos dar alguma luz sobre a luta dos
agriculores contratados contra os senhores das terras bem como nos
dar alguma luz sobre o crescimento dos sindicatos nos EUA.
A historia fala de dois
ativistas dos direitos dos trabalhadores que se inserem num grupo de
agriculores contratados e começam uma luta por melhores direitos de
trabalho contra os patrões, num confronto que se torna numa guerra
inveitavel.
Tratar num filme de
conquistas de massas e homenagear a forma como se conseguiu obter
determinados direitos atualmente garantidos parece-me sempre uma boa
premissa para qualquer filme, eFranco é inteligente na escolha. Na
execução o resultado já me parece mais débil na forma como um
filme com esta linha se torna numa novela, de relações e traições,
cheias de lugares comuns.
Como realizador pese
embora Franco já tenha realizado diversos filmes nunca vi nenhum
filme significativo na abordagem e na assinatura, sendo que neste
filme mais do mesmo, espaço aos interpretes e uma ou outra sequencia
mais artistica mas que se evapora no filme.
No cast, também como
actor penso que Franco já teve em melhor forma, já que me parece
que qualidade interpretação não é algo que vai lá com treino.
Erro de palmatória na escolha de Wolf para o papel de protagonista,
já que não encaixa na força que o papel necessita. Melhor a
escolha de Onofrio como a força dos trabalhadores, naquela
interpretação que tem o seu lado rude, mas tambem que transmite
compaixao
O melhor – O tema em
si
O pior – Nat Wolf
Avaliação - C
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