Friday, February 24, 2017

In Dubious Battle

Se existe facto indiscutivel em Hollywood é que James Franco é a pessoa mais activa sendo comum ao longo do ano diversos filmes do mesmo com interprete, sendo que essa hiperatividade nos ultimos anos tem-se alastrado também à realização de projetos mais pequenos. Em 2016 e com um cast de luxo surgiu este seu filme sobre os conflitos no pos depressão, um dos seus filmes mais ambiciosos, mas que acabou por ter o mesmo resultado de que os restantes, criticamente mediano e comercialmente arrastado para cinemas selecionados que não premitiram grande expressão.
Sobre o filme, pensando um pouco em todos os filmes que Franco fez como realizador este é claramente o maior e aquele de maior alcance, na forma como tenta introduzir uma temática mais global, o problema do filme é que acaba por ter erros de construção que lhe tiram dimensão, muito por culpa de tentar fazer mais que um filme de uma causa uma telenovela de personagens que acaba por se tornar num enredo tipico da novela das 20.
Mas isso mesmo condicionando o impacto final de um filme com uma premissa e com uma historia interessante do ponto de vista da historia dos direitos dos trabalhadores acaba mesmo assim por ser mais significativo e funcional do que a maior parte dos outros filmes de Franco enquanto realizador. Temos alguns cliches na construção narrativa e na forma como diferencia de uma forma Bons e maus ambos os lados da batalha, algo que muitas vezes diferenciam as obras maduras sobre um tema e os restantes.
Ou seja um filme simples, com métodos simples, muitas vezes ao contrário de outros filmes dá a primazia ao valor das personagens mais do que propriamente da historia e dos seus elementos, o que neste filme deveria na minha opinião ser feito de uma forma mais subtil. Mesmo assim um filme que acaba por nos dar alguma luz sobre a luta dos agriculores contratados contra os senhores das terras bem como nos dar alguma luz sobre o crescimento dos sindicatos nos EUA.
A historia fala de dois ativistas dos direitos dos trabalhadores que se inserem num grupo de agriculores contratados e começam uma luta por melhores direitos de trabalho contra os patrões, num confronto que se torna numa guerra inveitavel.
Tratar num filme de conquistas de massas e homenagear a forma como se conseguiu obter determinados direitos atualmente garantidos parece-me sempre uma boa premissa para qualquer filme, eFranco é inteligente na escolha. Na execução o resultado já me parece mais débil na forma como um filme com esta linha se torna numa novela, de relações e traições, cheias de lugares comuns.
Como realizador pese embora Franco já tenha realizado diversos filmes nunca vi nenhum filme significativo na abordagem e na assinatura, sendo que neste filme mais do mesmo, espaço aos interpretes e uma ou outra sequencia mais artistica mas que se evapora no filme.
No cast, também como actor penso que Franco já teve em melhor forma, já que me parece que qualidade interpretação não é algo que vai lá com treino. Erro de palmatória na escolha de Wolf para o papel de protagonista, já que não encaixa na força que o papel necessita. Melhor a escolha de Onofrio como a força dos trabalhadores, naquela interpretação que tem o seu lado rude, mas tambem que transmite compaixao

O melhor – O tema em si

O pior – Nat Wolf


Avaliação - C

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