Todos sabemos o quanto
é dificil tornar um livro conhecido mundialmente num grande filme,
poucos foram os que conseguiram, e mesmo esses sempre tiveram
criticas. Dai que seria facil prever que a carreira critica deste
Girl on the Train não seria facil, mesmo com a contratação de um
realizador treinado em adaptações como Tate Taylor. Os primeiros
resultados criticos foram algo desoladores com avaliações medianas
mas na maioria dos casos negativas. Comercialmente o que me parece a
mim a maior prioridade do filme os primeiros resultados são
consistentes sem no entanto ser em momento algum espetaculares.
Pode um bom livro dar
um mau filme, a resposta é claramente sim, porque a possibilidade de
criar ritmo num filme é bem mais exigente do que no livro. E ponto
aqui começa o grande problema do filme, ou seja o filme tem sempre
um ritmo demasiado pausado talvez porque monologos ou pensamentos
internos funcionem sempre melhor em termos literarios do que em
termos de filmes, e nisto o filme abusa, tirando-lhe ritmo e
intensidade o que num thriller e essencial.
Mas o maior problema e
que os truques do cinema, ou seja a necessidade de ter algo visual da
promenores ou focaliza aspectos que acabam por tornar o grande trunfo
do filme, ou seja o seu twist final como algo previsivel, e para um
genero que depende tanto da sua conclusao, a falta de explosao do seu
final acaba por ser um outro handicap.
De resto uma historia
simples, com muitas personagens interligadas, num filme ligeiro que
nunca quer ser mais que isso pelo menos na sua versão de cinema, com
um climax bem definido e com destaque na forma como o comboio acaba
por ter um papel importante em todo o filme. A determinados momentos
tem uma boa protagonista e isso acaba por dar um bocadinho de mais
lustro que mesmo assim para a toda a envolvencia e claramente pobre.
A historia fala de três
mulheres interligadas pela proximidade relacional, mesmo que esta nem
sempre seja a mais simpatica, que se vem envolvidas na investigação
do crime de uma delas, em que todos sao suspeitos.
Em termos de argumento
temos uma tipica historia do quem matou quem, na essencia o filme
pode ter uma historia de ligaçao entre as personagens maiores, e que
o filme desenvolve mas na essencia não e mais que isso. Parece-me
redutor, parece-me uma historia nem sempre com grande poder de
mensagem e mesmo no seu twist não me parece particularmente
surpreendente principalmente na decisao central.
Tate Taylor fez um excelente trabalho de epoca com The Help, sei que e um filme mais imponente com uma mensagem mais significativa. Aqui penso que como realizador esta muito aquem do esperado. Não tenda dar ao filme qualquer tipo de roupagem, abusa nos Slow motion sem sentido, e acaba por não ser particularmente relevante a sua acçao, para um realizador que na estreia pos o seu filme na corrida aos oscares sabe a pouco.
Tate Taylor fez um excelente trabalho de epoca com The Help, sei que e um filme mais imponente com uma mensagem mais significativa. Aqui penso que como realizador esta muito aquem do esperado. Não tenda dar ao filme qualquer tipo de roupagem, abusa nos Slow motion sem sentido, e acaba por não ser particularmente relevante a sua acçao, para um realizador que na estreia pos o seu filme na corrida aos oscares sabe a pouco.
No cast, eu confesso
que numa aposta como esta o cast me pareceu pobre, principalmente
pela dimensao comercial que o filme poderia ter. Blunt parece-me uma
boa escolha, intensa, tem a seu favor ser a unica personagem vistosa
do filme, e acaba por dominar o filme de inicio a filme. Nos outros
papeis de maior destaque a quase desconhecida Bennet cumpre, mesmo
que fique a ideia que a personagem poderia ter mais força, e o claro
floop vai para Theroux, numa personagem tão importante num filme
como este alguem mais carismatico e versatil seria essencial.
O melhor – Emily
Blunt
O pior – Tanto
alarido por uma historia na genese tão simples
Avaliação - C
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