Existe uma dificuldade inerente a realizadores que actuam em longos espaços de tempo, que é a capacidade para os mesmos irem atualizando a sua forma de realizar e a actualidade dos temas. Talvez por isso Bruce Beresford foi desaparecendo depois de um periodo de maior fulgor nos anos 80. Este ano tem uma reaparcimento que maca também o regresso de Eddie Murphy depois de quatro anos sem qualquer aparição e ainda para mais no cinema dramático. COntudo num filme que poderia ter algumas ambições para premios o resultado critico foi castramte com avaliações essencialmente negativas. Do ponto de vista comercial a pouca divulgação do filme não permitiu também eles bons resultados.
Uma das mais valias de realizadores experientes surgirem com filme com mais tradicionais é nos percebermos que existiu uma epoca onde mais que realista o cinema era um veículos de historias positivas, emotivas e de ligação entre as pessoas, essa foi uma das caracteristicas dos filmes mais conhecidos de Beresford e é também a caracteristica mais vincada que também este filme acaba por ter, ou seja a relação e a força dos sentimentos mais puros entre as personagens.
Claro que rapidamente podemos criticas que no mundo de hoje nada poderia ocorrer com tamanha simplicidade sem questões, mas por vezes as homenagens ao cinema puro que mais que retratar queria mandar uma mensagem positiva aos espetadores está bem vincado neste filme, que é todo ele coração e quase nunca razão, parece que todas as sequencias sao pensadas em fortalecer a relação central, mas no fim temos um filme que nos transmite sentimentos e mais que isso um filme que rapidamente nos fica na retina, mesmo não sendo inovador, original ou maturo.
Pelo lado negativo pensamos que a abordagem é demasiado simplista, ou seja, quando pensamos numa abordagem de homenagem é obvio que a mesma poderia ter mais risco principalmente na realização, ou tratamento de outras particularidades como banda sonora, ou mesmo fotografia. Tudo e exatamente feito como o cinema dos anos 80, e também trás consigo alguns defeitos que se foram ultrapassando ao longo do tempo por novas formas de filmar.
A historia fala de uma mãe solteira, que após a morte do amante, acaba por receber em casa um cozinheiro que a deve ajudar nos seis meses que resta de vida. COm o passar do tempo, seis meses tornam-se anos e o cozinheiro torna-se numa figura familiar principalmente para a menor e o seu crescimento.
Em termos de argumento esta é a clara afirmação que por vezes não precisamos de filmes realistas ou de mensagens moratórias fortes, por vezes na historia mais simples, pode funcionar se objetivamente seja uma historia com um propósito bem definido, e neste é a falta de razão e excesso de coração.
Penso que é no trabalho de Beresford que o filme poderia e deveria ter ido mais longe, principalmente na abordagem, na forma como o filme poderia ser adornado, o que acaba por ser demasiado simplista, demasiado igual a muitos outros e nesse particular parece-me que o filme não tem algum condimento.
No cast parece-me que Murphy tem um papel muito interessante principalmente por ser diferente de tudo o que fez, ou seja ser introvertido, misterioso, o que acaba por construir com um carisma interessante, que nos deixa a ideia que talvez Murphy pudesse ter ido mais longe se tivesse alterado o genero mais cedo. Por outro lado RObertsson encaixa no lado sentimental, pese embora me pareça que tem alguma escassez de reportorio dramatico enquanto actriz.
O melhor - A forma como homenageia os filmes de coração dos anos 80
o pior - A falta de algum condimento em termos de abordagem
Avaliação - B-
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