A cooperação entre
Mark Whalberg e Peter Berg parece estar para durar, depois de uma
primeira colaboração em Lone Survivor um realista e duro filme de
guerra eis que a dupla surge em 2016 em dose dupla novamente
retratanto historias reais. Como a colaboraçao anterior a recepçao
critica do filme foi aceitavel com bons resultados na maior parte das
avaliações, comercialmente os resultados parecem ser consistentes
embora me pareça que o elevado custo de produçao pode por em causa
a concretizaçao do projeto em termos economicos mas que so a longo
prazo se ira conseguir perceber.
Em termos de filme,
Berg parece-me mais que qualquer coisa um tarefeiro competente de
Hollywood alguem que faz o filme com meios, realismo, mas a quem
falta algo diferenciador, e isso acaba por ser o que o filme nos dá,
ou seja uma historia promenorizada sobre um acontecimento concreto,
muito realismo nas sequencias de perigo mas a falta total de um
elemento que diferencie o filme, que o torne unico, que o sublinhe
relativamente aos restantes, parece tudo detalhedo como tem de ser
pelo livro e isso é o que diferencia um filme positivo de um grande
filme.
E inegavel o valor
tecnico do filme, algo construido de uma forma que me parece dificil,
mas que Berg consegue dar com violência com realismo, principalmente
no que diz respeito aos efeitos da explosão. Sendo os maiores
valores do filme em termos tecnicos parece-me tambem que quer em
termos narrativos, e mesmo na abordagem de filme tudo e demasiado
simplista, o que para conduzir o filme para outros patamares e muito
dificil.
Outro ponto que me
parece que o filme pode ser algo simplista, e no seu valor emotivo, a
forma como as bandeiras dos EUA são deflagradas ao longo do filme, a
homenagem repetida aos mortos, parece muito Clint Eastwood e penso
que as homenagens podem ser mais subtis e dessa forma talvez mais
sentidas do que procurar uma emoçao simples, que resulta para
grandes plateias, mas a mim faz-me sempre pensar que é uma forma de
ganhar dinheiro com o mal dos outros. Esta opçao para mim e
agri-doce.
O filme fala dos
trabalhadores de uma plantaforma de exploraçao de petroleo, que
acabam por sofrer um acidente que conduz a explusão da plantaforma
em alto mar, tendo os mesmos que lutar por sobreviver ao impacto de
tal acidente.
Em termos de argumento
o filme é simples, e arrisca quase nada, podemos dizer que tem um
bom balanço entre o lado mais descontraido e familiar da personagem
central, mas tudo o resto é previsivel numa linha natural. Podemos
dizer que o filme é o que é, mas tambem se sabe que argumentos
deste têm um limite da sua capacidade.
No que diz respeito a
Peter Berg como realizador eu acho que ele sabe lidar com o realismo
de sequencias de acção com meios a seu favor, o que o fazem antes
de mais um bom tarefeiro, terei mais duvidas em o considerar um
cineasta de eleiçao pelo pouco risco ou pela falta de uma assinatura
criativa que os seus filmes parecem ainda não apresentar.
Por fim a colaboraçao
com Whalberg penso que tem sido rentavel para este actor, já que lhe
dá visibilidade num momento de forma que me parece menos bom do
actor, ele funciona como actor de acção, mesmo que em termos
dramaticos me pareça bastante baixo de forma, e o filme demonstre
isso. O lado negro de Malchovich, o lado mais bruto de Russel, e
Dylan O'Bryan parecem boas escolhas mesmo que em papeis simples.
O melhor – O realismo
das dificeis cenas de sobrevivência.
O pior – A falta de
algo que o tire do registo “By the Book”
Avaliação - C+
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