Tim Burton é
indiscutívelmente um dos maiores realizadores da atualidade, tendo
atrás de si uma história interminável de filmes que são amados
por muitos e que fazem dele, nos dias hoje, uma instituição no
cinema. Contudo nos seus últimos filmes e principalmente depois do
floop de Dark Shadowns não mais conseguiu encontrar o balanço
critico que neste filme voltou a não conseguir com avaliações
medianas, e comercialmente para um filme com estes meios parece obvio
que tambem comercialmente o filme ficou bastante aquem do esperado,
talvez por estrear numa fase onde os resultados comerciais nunca são
tão explosivos.
Sobre o filme é facil
perceber que esta conhecida história era claramente criada para ser
realizada para Tim Burtos, que tinha dois caminhos, adaptava-a do
ponto de vista narrativa com simplicidade trabalhando como apenas ele
sabe fazer o ponto de vista artistico e visual, ou por sua vez
tentaria dar ao filme uma roupagem mais significativa e matafórica
como já fez em tantos filmes. Talvez por não estar no seu melhor
momento de forma, escolheu a primeira estratégia que nos da um filme
esteticamente com todas as qualidades de Burton, o que já é
assinalavem, mas um filme demasiado lento e com pouca capacidade de
explosao em termos narrativos e da história.
Ou seja o filme parece
sempre ter o lado mais comico e interessante no lado normal, algo que
habitualmente Burton gere melhor, no lado dos peculiares o filme
parece só curioso, tem dificuldade em criar quimica entre as
personagens, ter graça natural, o que faz falta a um filme com este
tipo de historia, assim durante a primeira hora, de lenta
apresentaçao das personagens, falta algo que complete a simples
pecularidade da mesma e nisso o filme tem alguma dificuldade em se
sublinhar.
Mesmo assim parece-nos
um filme interessante, objetivo, que não fosse a expetativa Burton,
estaria certamente num patamar elevado de avaliação, contudo quando
percebemos que os meios do filme, principalmente o seu realizador em
historias parecidas já fez melhor, já teve mais genio
principalmente narrativamente, fica a sensação, que principalmente
na gestão dos ritmos do filme, e na forma como filme por vezes
adormece poderia ser feito ligeiramente melhor.
A historia fala de um
jovem desintegrado da sua vida familiar, e apos a morte do seu pilar,
ou seja o seu avo, que decide tentar encontrar uma casa com seres
peculiares que constava das historias para dormir que o seu avó lhe
contava.
Em termos de vista de
argumento, quando se adapta um livro a fidelidade ao mesmo é
necessaria, mas parece que Tim Burton com outras historias foi para
alem do livro o que aqui penso ter tido mais receios. No competo
geral uma boa adaptaçao com dois problemas na gestão do ritmo
narrativo, e com alguma falta de graça das personagens peculiares.
Em termos de realizaçao
Burton é o olimpo do cinema, a forma como pensa cada cena para ser
mais que uma cena mas um quadro impressionista faz dele talvez o
melhor cineasta da atualidade, em termos de meios na forma como tudo
é pensado ao detalhe temos Burton no seu melhor, principalmente no
seu lado mais colorido que nos ultimos anos tem sido a sua assinatura
depois de um periodo mais noir. Falta-lhe um filme mais consensual
para o reconhecimento que indiscutivelmente já merecia.
Outro ponto em que
penso que Burton investiu pouco no filme foi no cast, nem sempre um
actor jovem em crescimento cria empatia porque a imagem existente no
espetador e com as caracteristicas de criança, e aqui isso acontece.
Contudo nos secundarios boas escolhas principalmente Jackson, existe
em termos de intensidade, graça e estilo um filme diferente depois
da sua aparição e muito pela excelente personagem criada pelo
actor.
O melhor – A
capacidade de Burton filmar tudo de uma forma esteticamente
impressionante
O pior – A gestão
dos ritmos narrativos do filme, deixa-se demasiadas vezes adormecer
Avaliação - B-
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