Tuesday, December 31, 2013

All is Lost

Quando foi anunciado que o proximo filme de Chandlor tinha apenas um actor à deriva no alto mar e que esse actor seria Robert Redford quase a completar 80 anos de idade, de imediato a curiosidade instalou-se e ganhou o selo de oscar. Depois do filme estrear e das excelentes criticas generalizadas que o filme conseguiu, isso foi dado adquirido principalmente no que diz respeito a Redford, pese embora em termos comerciais o filme não tenha tido grande visibilidade, o certo é que neste momento o filme parece fora da corrida mas Redford parece uma aposta quase segura.
Sobre o filme podemos dizer que ter um filme com uma unica personagem quase, ou mesmo sem dialogo para alem de uma ou outra intrejeição e permitir que o filme dure mais de uma hora e meia e prender o espectador ao ecra e obra e o filme consegue, na luta com um contexto rico em acontecimentos e aqui mais que o mar, e as multifunções do barco e posteriormente do bote que acaba por permitir este ponto do filme.
Depois é obvio que a empatia criada do espetador com o personagem acaba por fazer a ligação emocional que o filme precisa, e mesmo o seu fim parece ser a redenção a recompensa ao espectador mais afectivo que segue um filme onde tudo parece negativo  e neste particular a opção pela conclusão do filme parece acima de tudo muito feliz e resulta.
É obvio que não é um filme complexo, nem tão pouco dificil de executar, pese embora a excelente realização e o realismo quase poetico com que o mesmo e realizado, mas a ideia o fio condutor parece-nos facil de executar, dai que é facil ficar agradado com o resultado mas o filme nunca joga para mais que isso, porque é limitado, porque nos parece uma versão maritima de Gravidade, num ano em destaque pelos filmes limite para personagens, com outra produção poderia de alguma forma obter o mesmo reconhecimento de Gravidade
A historia fala de um homem apaixonado por barcos que se vê sozinho à deriva no alto mar quando o seu barco começa a ceder e tem peranta si, tempestades horriveis num autentica luta pela sobrevivencia, com os mais escassos meios que se pode imaginar.
Sobre o argumento não podemos dizer que este é totalmente original, vimos isto de uma forma mais abrangente em Naufrago, e recentemente um argumento muiso semelhante em Gravidade, aqui temos uma historia semelhante mas com processos bem mais directos. Não é um argumento de luxo, mas os outros factores fazem o filme resultar.
JC Chandlor e um realizador a ganhar um espaço proprio no cinema, primeiro porque e jovem e depois porque arrisca depois de ter debruçado sobre a crise economica num argumento de grande complexidade este ano sublinhou um tema facil e direcional, e sem grandes meios fez o filme ser real, e ao mesmo tempo com algum sentido estetico perde na obvia comparação com o que Cuaron fez no espaço.
O cast reduzido a Redford, e bem preenchido pelo actor, numa prestação impressionante em face da idade e da disponibilidade fisica do actor, mais do que pela labilidade emocional apresentada que nunca foi o forte de Redford tem bons momentos neste particular mas e na vertente fisica que mais impressiona. Nao sei se merece o oscar mas pela coragem a nomeação seria um bom e justo premio.

O melhor - Conseguir um filme mudo de grande intensidade.

O pior - Ser um ano em que o argumento se repete mudando o contexto


Avaliação - B

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