Wednesday, August 21, 2013

Lovelace

Efectuar o biopic da mais conhecida figura dos filmes pornográficos da historia não foi certamente a decisão comercial mais fácil para uma actriz tão comercial como Amanda Seyfried, mas ela sabia que se o filme corresse bem poderia acelerar a sua carreira para um patamar mais elevado. Pese embora o risco corrido não se pode dizer que o desafio foi totalmente ganho, por um lado por o esperado alheamento comercial ocorreu, tendo em conta tratar-se de um filme independente e com uma temática muito própria e criticamente o filme e principalmente a sua interpretação não recebeu a valorização por muitos esperada, com avaliações demasiado misturadas.
Sobre o filme podemos dizer que a forma com que este é realizado tem dois pontos interessantes desde logo o facto de dar dois pontos de vista distintos e trabalhados em separados, por um lado o factual por outro lado o referido pela própria na sua auto biografia e este e o ponto que no geral mais se salienta pela positiva do filme assumir qualquer um dos lado no seu contexto, o que não deixa de ser interessante e inovador na matéria do biopic.
Contudo ambos os lados tem os seus problemas, o primeiro dos quais porque é extremamente redutor em todos os sentidos, pouco elaborado apenas dando uma de leve em toda a questão, com espaços temporais muito elevados, e a segundo porque o filme pelo seu registo aproxima-se demasiado de filmes do género historia e caso de vida, o que faz com que o filme perca alguma da profundidade que alcança no primeiro nível.
Assim resume-se um filme competente, nem sempre com os aspectos que o permitam conduzir para uma primeira linhagem de filmes biopic em holltwood talvez porque a vida não seria certamente uma das mais interessantes a relatar mas sim curiosa, parece-nos que o facto de querer fazer um filme em termos de duração ligeiro condicionou a abrangência que o filme poderia ter principalmente na parte final da vida de Linda Lovelace.
O filme fala da iniciação de Linda LoveLace no mundo da pornografia incutida pela seu marido na altura, sendo que o filme mais que esta abordagem fala da relação mantida pelo casal e na forma com que isso resultou na vida de ambos.
O argumento tem como ponto mais rico a clara divisão na narrativa e na forma com que esta é dada, mas parece que o filme e preguiçoso no que conta e como quer contar, não dá espaço à real evolução de cada um dos seus personagens e na segunda fase cai em esteriotipos fáceis.
A realização a cargo de uma dupla conhecida pelo polemico e esquizoide biopic de Howl demonstra detalhe cultural e temporal, mas falta ao filme algum registo mais estético algum aprumo que poderia conduzir a que o filme neste particular fosse mais apelativo.
Sobre o cast Seyfried tem uma personagem de risco e consegue ter um resultado eficaz sem deslumbrar a sensualidade nem sempre esta presente mas por outro lado a inocencia e uma mais valia que a actriz consegue totalmente dotar a sua personagem, mas o grande destaque vai para a força da personagem de Saargard um dos melhores actores da actualidade principalmente em papeis intensos, demonstra aqui que uma das suas mais valias e ser facilmente odiado com intensidade e força em si, um dos primeiros papeis oscarizaveis do ano.

O melhor - A dulplicação de lados.

O pior - O filme ser demasiado superficial


Avaliação - C+

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