Wednesday, April 10, 2013

Mental

PJ Hogan ganhou sucesso como realizador nas comedias romanticas depois do casamento do meu melhor amigo, desde ai conseguiu mais alguns filmes de grande produção e desapareceu, nunca concretizando a promessa que o inicio da sua carreira prespectivava. Numa fase mais independente e de autor tras-nos este Mental centrado no seu pais Australia. os resultados comerciais no filme limitaram-se a alguma força no seu pais de origem mas uma total indiferença nos restantes criticamente as coisas foram também elas negativas.
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo é uma mistura, de um filme bem intencionado e com bom coração, mas ao lidar com a doença mental, tem demasiado pouco sentido não so nas personagens mas acima de tudo na sequencia destas, sendo o maior problema do filme a velocidade com que as personagens passam de um lado saudavel ao expoente da loucura. E mesmo que isso nos traga um conceito interessante a maior parte do tempo bem filmado, fica a sensação que o filme é demasiado estranho e quer alimentar esse facto como figura de estilo o que o torna aborrecido, principalmente tendo em conta a sua longevidade.
Mesmo asssim pensamos que a ideia e principalmente a introdução do filme, funciona, num aspecto totalmente diferente, ou seja, a sencação de um paralelsimo e a forma original com que aborda a tematica da saude mental, contudo depois na sua concretização cai no exagero, no infantil perde seriedade o filme e tranforma-se em mais uma comedia bem estranha mas algo familiar.
Ou seja estamos perante um filme com um espirito independente na creatividade mas que no final se preocupa mais em ser politicamente incorrecto do que concretizar algumas das premissas centrais em que o filme se baseia, e isso faz com que o filme se torne bem mais simplista do que a partida parecia apostado em ser.
O filme fala sobre uma familia, composta essencialmente pela mãe e filhas, ja que o pai é distante e apenas pensa na sua carreira politica, onde todas evidenciam e disputam a existencia de problemas mentais em cada uma delas, ate que ficam entregues a uma especie de ama, que mais não é do que alguem que quer demonstrar que a saude mental é um termo extremamente relativo.
O argumento do filme na sua base e na forma como tras um tema pouco trabalhado para o cinema acaba por ter o aspecto positivo da curiosidade, contudo a concretização perde por falta de objectividade e uma maior preocupação em tornar o filme rebelde, bem como as suas personagens do que este ser concreto nos pontos que deveriam ser pilares da historia.
PJ Hogan pese embora ja tenha filmes de grande sucesso nunca se evidenciou como cineasta mas mais como obreiro mesmo na sua concretização de Peter Pan finalmente aqui da algum sentido creativo a sua forma de filmas a espaços com algumas referencias ao cinema de Wes Andersson mas mais simples, o que pode dar um bom prenuncio para o regresso em filmes com mais cunho proprio.
 O cast extremamente australiano funciona, não so nas pequenas interpretes todas elas a bom nivel, mas na direcção de Collete uma excelente actriz que sempre pareceu com dificuldades de ser aposta concreta em Hollywood aqui demonstra que a capacidade e multifaceta esta la, falta e talvez uma componente mais estetica e carisma, o resto são apenas pilares basicos do filme.

O melhor - A saude mental retratada na setima arte.

O pior - Demasiado irrequieto e confuso


Avaliação - C+

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