Desde que se aventurou na realização pela primeira vez, há
aproximadamente 12 anos com o enigmático CQ que a critica ganhou alguma aversão
ao filho mais novo de Copolla, principalmente como realizador, dai que o tempo
de espera foi muito e só após recuperar algum renome como argumentista esta
segunda incursão teve lugar. Contudo o resultado acabou por ser ainda mais
decepcionante que o primeiro, desde logo comercialmente onde foi completamente
ignorado por toda a gente e criticamente onde novamente levou a um autentico
coro de reações negativos em torno deste filme.
Sobre o filme podemos dizer que tem tudo o que se gosta de
Copolla como argumentista, que é o festival de cor e personagens peculiares,
tão bem criados em Moonrise Kingdom, mas percebe-se que por muito que tente
nada faz sentido em todo o filme, ou seja a cola que Wes Andersson faz ao
espirito de Copolla torna tudo diferente torna um objecto esquisito numa obra
de arte aqui so temos a primeira parte.
É difícil perceber o sentido ou a narrativo do filme para
alem de um conjunto de sequencias de esquizofrenia que é bem patente na
personagem mas acima de tudo também no filme, que raramente consegue ser um
objecto coeso, e acima de tudo capaz de nos dar sentido de todo, isto tudo fica
pior quando mesmo as partes muitas vezes são desprovidas de qualquer sentido.
O único ponto positivo do filme é a cor, e a forma com que
as personagens são creativas principalmente nos seus desvaneios, e alguma
similaridade principalmente em pormenores próprios e isolados da realização com
o panorama tão bem por si escrito em Moonrise Kingdom, pena é que Copolla
desista ou faça de estilo o sem sentido, principalmente quando tenta dar ao filme
um sentido non sense humorístico que nunca consegue funcionar neste mesmo
ponto.
O filme fala de um creativo que de repente entra em
depressão quando é abandonado pela sua namora, aqui entra em loucura, que de
alguma forma o conduz para um estado esquizofrénico levando o espectador para o
seu mundo mental.
O argumento até pode ser orignal e creativo mas não potencia
uma historia enquanto todo, como filme e obra singular não funciona, não tem
narrativa, não tem fio condutor tem irreverencia algumas sequencias isoladas
curiosas e pouco mais, percebe-se que é o mesmo argumentista de outros grandes
filmes, mas no outro lado da sua competência, o estilo e o mesmo o resultado e
que e o oposto.
Podemos dizer que Copolla demonstra neste filme como já
demonstrara em CQ ter um optimo sentido estético nos filmes, ou seja, que a
capacidade como realizador com um estilo próprio, ou quanto muito num registo
em que poderia integrar junto dos seus amigos Wes Andersson ou a sua irmã Sofia
Copolla, contudo a materialização dos filmes é sempre demasiado estranha e
pouco próxima do publico para ser reconhecido. Não sabemos se um dia ira mudar
e conseguir o sucesso mas os quesitos parecem estar la.
O cast e liderado por um Charlie Sheen decadente enquanto
actor, mas que encaixa na personagem também essa um misto de rebeldia e ao
mesmo tempo pouco sentido, ou seja, um filme que Sheen actual encaixa já que é
fora do sistema, e rebelde o suficiente, mesmo assim domina o filme, num papel
que lhe poderia dar um regresso caso o filme tivesse outra recepçao, de resto
os meninos do grupo Murray e Shwartzman, no registo Wes Andersson e pouco mais.
O melhor – Sheen a cantar em português e a falar espanhol e apontamentos de realização
O pior – A falta de capacidade do filme ter qualquer tipo de
logica congruente para ser um filme valorizado
Avaliação – C-
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