Quinze anos depois do mundo de Tron ter sido reinventado já com novos metodos digitais eis que surge a sua sequela com novos personagens, novos padrões visuais e a aposta musical que sempre foi um classico da saga, desta vez assinado por NIN. O filme estreou no verão com algumas ambições comerciais, mas criticamente as coisas não correram bem, algo que já no anterior tinha acontecido. Comercialmente fica a sensação que a saga é muito mais mitica pela algumas minorias do que um filme completo contudo o resultado comercial foi aceitavel, tendo em vista a perceção mais real do valor comercial do filme.
Sobre o filme podemos dizer que um dos grandes problemas de Tron é que o seu mundo, o seu lado filosofico e concetual e muito melhor do que a sua materealização em cada um dos filmes. O paralelismo dos mundos nunca foi propriamente brilhante, a construção do mundo virtual tem falta de elementos e isso dificulta que o filme seja coeso para alimentar uma saga como esta. Neste filme esses defeitos estão presentes e mais que isso existe muito das personagens que nunca é respondido para estender as sequencias de ação de forma a priveligiar onde o filme é mais forte, na componente visual e musical.
Claro que o filme funciona bem em termos visuais, claro que com o passar do tempo e com o desenvolvimento produtivo da maquina de hollywood um conceito visual como Tron vai ficando melhor de filme para filme, embora neste caso o carisma vintage do primeiro filme ainda seja o mais diferenciado. As sequencias ficam maiores, mais espetaculares mas o filme não beneficia muito pois continua confuso, vago e acima de tudo muito das personagens continua por decifrar.
Por tudo isto um mediocre filme de ação com uma riqueza visual, e fica a sensação que o que melhor funciona e o que noutros filmes já tinha sido marcante e acaba por ser um dos cartões de visita do filme, ou seja a sua banda sonora eletronica, neste caso a cargo dos NIN e a forma como pauta o ritmo do filme.
A historia segue o mundo de Tron agora numa luta entre duas empresas para o dominio da tecnologia concretamente da AI materealizada numa personagem que é um guardião do sistema, que acaba por se tornar real no mundo onde vivemos.
O argumento do filme é sofrivel, a base teorica de toda a saga é interessante, atual e metaforica mas fica a sensação que em nenhum dos filmes acabe por ser um trabalho particularmente interessante a sua materialização numa intriga. Aqui também fica a sensação que o filme não consegue criar personagens passiveis de ser a base de uma boa historia
Na realização Ronning assumiu o leme de um filme de estudio com muita luz, muita cor, mas nem sempre artistico na sua utilização. Um realizador que ja tinha assinado diversos franchising sempre cumprindo com o lado evolutivo dos efeitos sem grande arte e aqui acaba por fazer novamente um trabalho semelhante.
No cast o filme privilegia um quase mecânico Leto como protagonista, algo que tem sido o comum na carreira do mesmo. Não e propriamente um ator em grande forma ou que consiga puxar o filme para um patamar mais alto. Nos secundarios fica um pouco esgotado os atributos de Lee numa personagem tão mecanica e Peeters parece sempre a uma personagem esteriotipada
O melhor - A forma como a musica pauta o ritmo do filme.
O pior - O universo Tron acaba por ser demasiado confuso para um filme tão simples
Avaliação - C-

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