Todos os anos quando começam a surgir os nomeados para os premios percursores aos Oscares surge atenção para longas metragens de animação que passaram despercebidas, algumas delas com influencias europeias ou asiaticas que começam a chamar a atenção. Foi isso que aconteceu com este filme frances com clara influencia niponica que brilhou em Cannes com excelentes avaliações e surge agora com expetativa da nomeaçao para o oscar da especialidade. Em termos comerciais não sendo um filme de multidões teve resultados medianos.
Sobre o filme podemos dizer que temos um filme que pese embora seja europeu é claramente um filme de influencia asiatica, não só porque se passa nesse espaço, mas acima de tudo no estilo de comunicação e das personagens. Isso faz com que o filme seja sempre intenso emocionalmente, mas por outro lado fica sempre a sensação que um filme menor quando comparado com a maior parte dos registos semelhantes dos ultimos anos.
O filme é curto, o lado metafisico do filme é na maior parte das vezes incompreensivel não o dotando de dados particularmente relevantes para se tornar diferenciado. Na historia mais de base na relação entre a criança e o prestador de cuidado o filme é mais emotivo, mais sentido e funciona melhor. O que é reflexo de um cinema mais europeu do que propriamente asiatico.
Por tudo isto um competente filme de animação, curto, com um tipo de desenho que vimos muito no cinema oriental, que perde por comparação no que de melhor se faz por aqueles lados. Fica a sensação que num ano com mais concorrencia seria um filme que ficaria pelo caminho da maior parte dos circuitos mas preenche a cota normalmente estabelecido para este tipo de animaçao.
A historia fala-nos de uma nova vida de um ser e da ligação que a mesma faz com uma prestadora de cuidados para o seu desenvolvimento, num contexto social marcado por uma guerra que deixou marcas culturais entre a familia de base e o contexto.
O argumento do filme funciona melhor no plano mais térreo e menos quando tenta funcionar no plano mais metafisico é mais vago, fica a sensação que o filme deambula a procura de algo que não é propriamente muito claro. Na ligação entre as duas personagens principais o filme funciona melhor, mais emotivo, mais intenso e mais direto.
Na realização temos uma ligação entre um realizador asiatico que já tinham colaborado noutros projetos europeus de resultado mais mediano. Este filme vai buscar um estilo de expressão mais classico oriental, que serve os propositos do filme, embora sem o detalhe de outros realizadores.
O cast de vozes funciona sem grandes floridos, embora fique a ideia que neste tipo de filme as vozes são quase irrelevantes.
O melhor - A ligaçao central
O pior - O mundo metafisico
Avaliação - C

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