Wednesday, December 10, 2025

Sorry, Baby

 Todos os anos surgem alguns projetos independentes que começam a exibir as suas boas criticas em festivais e mais tarde em premios criticos que dão aos filmes algum protagonismo que passou despercebido na sua estreia. Foi o caso deste Sorry baby, que recentemente surpreendeu ao conseguir dar à sua protagonista e basicamente mentora a nomeaçao para melhor atriz dramatica nos globos de ouro.Criticamente o filme foi um sucesso total, com algumas das melhores avaliações do ano, por sua vez, comercialmente o filme começou muito lentamente, mas os bons resultados criticos permitiram alguma expansão.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo tem um caracter indie totalmente presente, isso acaba por ser vincado na forma como o filme segmenta espaços, mas acima de tudo nos paralelismos de discurso. Isso torna o filme interessante em alguns elementos, ou mesmo no facto de existir alguns diálogos bem trabalhados, mas depois torna tudo muito vago, com o lado interessante de uma personagem com muitos lados.

O filme tem segmentos muito mais interessantes do que outros, desde logo o segmento central na forma de reagir da personagem. A ligação das personagens com a amiga e com o vizinho também nos parece ser o que funciona melhor, mas fica a ideia que fica algumas ideias por trabalhar, e o final abrupto não é propriamente o que de melhor sai para a sua conclusão.

Temos um filme que tenta ser descontraido num tema forte, a forma como a personagem não compreende a sua vivência é algo que poder ser algo lato, mas que funciona na realidade. Existe segmentos interessantes, uns mais satiricos, e o final do filme parece ser algo difuso para o impacto que o filme quer ter.

A historia fala de uma aspirante a professora que depois de um ato que lhe aconteceu tenta adequar essa vivencia nas diferentes versões da sua vida, num filme que tenta debruçar sobre a reação ao panico mais do que qualquer coisa.

O argumento do filme pode ser forte no tema, mas na sua concretização não me parece que o filme seja particularmente feliz em todos os aspetos. Desde logo na sua fragmentação e no equilibrio entre as mesmas. Nao e o parametro mais forte.

Eva Victor tem o filme totalmente entregue a si, na realização nota-se o espirito indie, com alguns momentos de risco, que saem bem, contudo acaba por ser algo desorganizado na sua fragmentação. Pode ser algo inexperiente mas tem um filme que chamou muito a atenção.

No que diz respeito ao cast temos um dominio total de Victor que leva o filme ao sabor da sua personagem. Tem uma personagem que é uma montanha russa emocional, e acaba por ser o seu maior feito, num filme onde tem sete instrumentos. os secundarios sao o seu suporte.


O melhor - Alguns segmentos

O pior - A incapacidade do filme em conseguir ser direto na sua informação


Avaliação - C+

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