Monday, October 16, 2023

Fair Play

 A Netflix teve mais uma vez em 2023 um ano de longas metragens onde a maioria das mesmas defraudou as expetativas, dai que tenha sido com alguma surpresa que este pequeno Thriller tenha surpreendido pela positiva em pleno Outono, sem grandes figuras ou mesmo muito alarido, este filme conquistou a critica com as melhores avaliações que a produtora conseguiu este ano, e comercialmente a curiosidade e o passa palavra levou  que o filme obtivesse um registo comercial interessante principalmente tendo em conta a falta de figuras de primeira linha.

Sobre o filme podemos dizer que é um filme que começa a um ritmo lento mas que depois de lançar os dados da intriga narrativa, escala a um ritmo forte para um final com uma riqueza moral que acaba por ter um significado muito especial. O filme é detalhado nos elementos que junta a intriga não se limitando aos cliches ou as decisoes simples e isso prende o espetador no sentido de antever a conclusao de que tudo vemos.

E na conclusao o filme também e feliz, porque da a ideia de ir numa direção dando um volte face de força. E Claramente um ano com muitos titulos sobre a igualdade de direitos e a força das mulheres em filmes mais atuais e menos historicos. O filme toca no presente com todas as particularidades de uma mulher numa grande empresa, os esteriotipos as expetativas até os comentarios paralelos, dao no filme um intenso thriller psicologico que merece o nosso sublinhado.

Por tudo isto e facil dizer que Fair Play e um competente filme de tensão psicologica, e talvez o melhor filme da Netflix ate ao presente momento, principalmente pelas dinamicas e pelas escolhas detalhadas. Nao e um filme que cai em facilitismo que talvez aparece no acontecimento que define o fim mas pouco mais. Certo que não e um filme com grande arte nos seus elementos sendo quase sempre competente e vivo.

A historia fala de um casal de apaixonados que trabalham na mesma grande empresa mas escondem o noivado. Com a ascenção a um cargo superior do elemento feminino a tensão relativa ao porque da escolha aumenta e coloca em causa a propria relação e saude mental de todos.

O argumento tem no detalhe na forma como lança diversos elementos para ambos os lados de uma forma realista como maior virtude. O filme consegue ir ao extremo das personagens no exagero da discussão. A conclusao e a perfeita para o imperativo moral que o filme quer ter, mas penso que o caminho poderia ser menos drástico.

Na realizaçao deste filme surge Chloer Domont uma jovem realizadora com alguns projetos em series que tem aqui a sua apresentaçao a qual consegue ter uma impacto interessante e lançar quem sabe a sua carreira. O filme nao e propriamente muito trabalhado esteticamente deixando a historia e a moral do filme fluir e isso funciona.

Tambem no cast o filme é muito interessante, Dynevor ter os holofotes do filme e consegue equilibrar o filme nas difrentes vertentes da sua personagem, depois do sucesso em Bridgston tem aqui a passagem com sucesso para o cinema. Ao seu lado Ehrenreich um ator que apareceu de forma rapida pela mão de Tarantino com muito sucesso mas cujo Han Solo acabou por travar a carreira que tinha tudo para ser de sucesso em face das caracteristicas e versatilidade do ator o qual demonstra bem todos os atributos neste papel intenso. Destaque tambem para a presença de Eddie Marsan um continua presente mas que em poucos filmes foi tão forte como aqui.


O melhor - Os detalhes dos elementos que são implicados no conflito.

O pior - O extremar final acaba por ir contra o realismo e o conflito do espetador.


Avaliação - B



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