Wednesday, January 25, 2023

To Leslie

 Ate ontem poucos conheciam este pequeno filme independente que foi estreado em Março num pequeno festival americano, que conseguiu lançamento no cinema em Outubro, e depois de um percurso em ascendente, embora comercialmente tenha sido um flop total, conseguiu levar a sua protagonista a nomeaçao para melhor atriz, aproveitando uma boa critica generalizada que o filme obteve e o facto de Riseborough ter nos ultimos temos exibido uma intensidade como atriz reconhecida.

O filme tem um conceito muito próximo de muitos outros de casos de vida que ao longo dos ultimos anos tem visto a luz do dia em projetos maiores e mesmo independentes. O comum nestes filmes e uma critica positiva moderada e alguns louros para os protagonistas. Pois bem aqui não temos nada de particularmente diferente para alem de uma interpretação intensa e onde a sua protagonista assume como o possivel elevador para uma primeira linha que não tinha chegado ate agora, e isso o filme consegue porque a interpretação vale a essencia do filme.

No restante o filme sendo cru nao e propriamente inovador quer no lado negativo e social da personagem, quer nos avanços e recuos e ate mesmo a redenção segue um caminho que ja vimos por diversas vezes em muitos filmes que são mais ou menos trabalhado, nao me parecendo que nos detalhes este filme seja muito forte na realizaçao ou mesmo na riqueza dos dialogos.

Claro que no fim vem a tona aquilo que o filme quer mais potenciar que é a interpretação e a entrega da atriz. ISso sera o que o filme mais quer sublinhar e nisso o filme e efetivo. Em termos de produçao e claramente um filme independente de segunda linha que segue um caminho igual a outros e que lhe falta elementos em diferenciem o filme.

A historia segue uma mãe solteira que depois de ganhar a lotaria gasta o dinheiro todo em alcool, tornando-se uma viciada com a vida destruida, ate ao momento em que e desalojada e fica sem nada e tenta reconstruir a sua vida de um patamar muito mais baixo.

Em termos de argumento a historia e sociavelmente impactante e mais que tudo é um filme que segue os parâmetros normais para o genero. Fica a ideia que o filme quer potenciar todas as oportunidades de sofrimento a sua personagem central e tudo torna-se algo previsivel.

Na realizaçao MIchael Norris vem da televisão com algumas series reconhecidas, e aqui tem uma abordagem independente de personagem e de caso de vida. E um filme que tenta entrar no lado social e leva-nos para um lado solitario da personagem, embora o filme não consiga ser propriamente impactante.

O filme e um monologo de Riseborough que colheu o maximo fruto da dedicação a esta personagem. Podemos dizer que normalmente este tipo de papel e facil, basta a interprete deixar ir ao lado mais baixo da sua existencia. A atriz tem intensidade e mostra um bom momento de forma e o resultado podera dar o input importante a carreira. A interpretação deixa pouco espaço para os restantes.


O melhor - ANdrea Riseborough

O pior - A forma como o filme não trás particularmente nada de novo ao estilo


Avaliação - C+



 

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