Desde o momento que foi anunciado o projeto a critica e o mundo do cinema ficou ansioso pela obra auto biográfica não assumida de Spilberg que iria ser uma viagem a sua infância ainda que com outros nomes. Devido ao impacto emocional que o realizador foi sempre dotando os seus filmes, rapidamente se percebeu que novamente ele tinha conseguido criar magia empatica, com criticas impressionantes que o colocou imediatamente como o filme a bater na corrida aos oscares. Comercialmente a falta de nomes de primeira linha impediram resultados muitos consistentes que poderão ser o maior senão do filme, mesmo assim a conquista do Globo de Ouro para melhor drama poderá ser o impulso comercial que o filme necessitava.
Sobre o filme podemos dizer que temos um regresso ao estilo de cinema que Spilberg foi criando ao longo dos anos, de emoçoes fortes, sejam elas positivas ou negativas, o certo é que o filme emprega a intensidade naquilo que quer transportar o espetador nesta visita ao passado. O filme não e propriamente um poço de originalidade mas faz tudo bem na magia da infância, na descoberta dos adultos e da paixão o filme leva-nos como poucos conseguem levar ate a infancia do realizador mais proeminente dos ultimos anos.
Por tudo isto Fabelmans leva-nos perfeitamente a fazer parte da familia, a aplaudir os louros e sofrer nos conflitos, e um filme riquissimo na tradição do cinema como correio de emoçoes. Nao e um filme de efeitos, não e um filme de abordagem diferenciada, mas pega numa historia convencional de sonhos e coloca-a de uma forma transparente perante o espetador que entre no filme e isso e um segredo que Spilberg sempre teve a capacidade.
Não sei se Fabelmans sera o melhor filme do ano, mas aposto que sera de longe o mais consensual, acho difícilimo que ao ver filme alguem não goste, tem a sabedoria de saber agradar a todos e acima de tudo aproveitar cada personagem para tirar o que de melhor consegue dela, numa visita guiada a emoçao.
Spilberg e um caso unico de um realizador que consegue se adaptar a todos os estilos, mas e na familia e no filme dramatico que penso que consegue os melhores momentos. Num regresso ao passado detalhado ao milimetro Spilberg tem aqui a sua homenagem a sua abertura ao publico o que lhe valerá com muita certeza o terceiro oscar como realizador.
No cast o filme demonstra tambem competencia algo que fugia em algumas escolhas mais recentes de SPilberg, Dano e Williams, levam o filme as costas no lado emocional, mas surpreende a escolha do jovem LaBelle que acaba por dar todo o lado descontraido, ansioso de SPilberg junior que merecia maior destaque. Ninguem ficara indiferente aos cinco minutos de luxo de Judd Hirch.
O melhor . A naturalidade da forma como transmite emoçoes
O pior - Nao e um poço de originalidade, mas sabe bem ser tradiçao
Avaliação . B+
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