Depois do sucesso de Top Gun, tudo que meta aviões e guerra estava submetido a um segundo plano, mesmo que fosse o relato de uma historia real com muitos elementos, e mesmo que fosse uma mega produção com ambiçoes para premios. A piorar tudo isto temos o facto de termos um protagonista semelhante. E se comercialmente Devotion até foi bem avaliado comercialmente foi um floop total, talvez pelo facto de Top Gun ter esgotado toda a cota para avioes de guerra, quer pela falta de figuras de primeira linha.
Sobre o filme Devotion e um filme objetivo que tenta jogar com o lado de guerra de ação, embora abusando quase sempre de uns efeitos especiais digitais que nem se aproximam daquilo que Top Gun fez na realidade, quer no lado emocional da amizade e da conquista racial. O filme tem diversos temas numa historia real que são sempre ingredientes de algum impacto, o problema e quando tudo fica diminuido a esses elementos e o filme tenha alguma dificuldade em ir para alem deles.
O unico risco que o filme assume e na personagem central, percebe-se que lhe quer ser dado contacto com a realidade, caracteristicas que ate poderiam ser pouco empaticas, e que potenciam alguns recursos a Majors, mas para o filme tao basico em alguns elementos isso acaba por encaixar com dificuldade no registo do filme que talvez esperava o lado mais pessoal de ambos os protagonistas para alem dos traços gerais.
Por tudo isto Devotion e um filme mediano, sem ter atributos espetaculares em algum elemento que o fizesse brilhar, e competente na gestão emotiva, mesmo que os ultimos vinte minutos de drama puro sejam demais quando comparado com o lado mais acelerado das ações no ar. Não e um filme com muito conteudo para alem da sintese da relação e como produção para 90 milhoes tinha de ter mais espetaculo visual.
O filme fala de dois amigos, um o primeiro afro americano da força aerea norte americana e a ligação com o seu asa em plena guerra. A confiança dos amigos com personalidades diferentes e a luta do primeiro pela sua posiçao unem os dois nas batalhar contra os vilões da guerra.
O argumento tem uma historia conhecida, que o filme não vai muito para alem. Nao temos propriamente grandes dialogos ou grande trabalho mesmo nas duas personagens centrais. Fica a ideia que o filme deveria arriscar mais tambem em argumento para dar o salto para outro patamar.
Na realizaçao J D Dillard era um quase desconhecido com muitos meios na mão, mas ainda verde para explorar ou arriscar. Fica a ideia que o filme e demasiado preso ao obvio e tem pouca mão de cineasta, o que com o valor produtivo vale muito pouco. Nao sei se tera muitas oportunidades como esta para assumir o seu cinema, mas esta fica ou pouco aquem.
No cast dois atores num percurso ascendente de carreira mas que ainda não sao primeiras figuras. Majors arrisca mais, principalmente nos monologos e na entrega fisica, mas nem sempre e convincente ao maximo. Powell ainda parece preso a alguns maneirismos e mais longe do primeiro plano e com uma personagem claramente mais debil.
O melhor - A historia e interessante.
O pior - O filme e demasiado preso a extritamente necessario
Avaliação - C
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