A Netflix teve um ano de hiperatividade abraçando quase todos os generos, sendo que em finais do ano surgiu este drama erotico, patrocinando uma das figuras que mais sucesso teve com uma das series da aplicação, na transposição para o cinema de um classico de H G Lawrence. Esta adaptação até conseguiu boas criticas, embora insuficientes para a lançar para a temporada de premios, sendo que comercialmente ficou um pouco aquem nos produtos maiores da aplicação.
Sobre o filme temos um tipico filme tradicionalista britanico, numa pequena vila, com a sociedade bem definida nas suas posições, com rigor, e depois temos o lado carnal do amor. E um filme que fala sobre as vertentes do amor e se calhar torna tudo muito fisico quando se calhar poderia ter outras vertentes. Apesar de tudo o filme é obvio, e cru, mas não e particularmente diferenciado, se calhar porque explora pouco a personagem do amante.
Em termos de produção e um filme de recursos simples, que tenta acima de tudo entregar a batuta ao lado mais carnal. o filme não tem medo de arriscar neste particular, mesmo que isso lhe tirasse algum valor comercial, que talvez nunca tenha sido o real objetivo do filme. Mesmo assim fica a ideia que o lado emocional e de quimica relacional central deveria ter sido mais trabalhado, principalmente para o final assumido.
Assim um mediano filme que nos tras uma adaptação literaria, que não arrisca, nem compromete, fiel ao original, com interpretaçoes satisfatorias que se entregam ao que o filme quer. Nao e propriamente um poço de originalidade ou de trabalho artistico mas permite duas horas de um cinema razoavel, que embora previsivel prefaz os requisitos minimos para o género.
A historia segue uma mulher dedicada ao seu conceituado marido ferido em guerra, contudo com as dificuldades fisicas inerentes a mesma começa a relacionar-se com um criado das terras do marido de forma a satisfazer todas as suas necessidades enquanto mulher.
Em termos de argumento a historia é parecida com muitas outras, com o lado da mulher bem sublinhado. A relação central poderia ser mais trabalhada. Isso exigiria mais tempo ou menos lado carnal o que não foi a vertente que o filme quis dispensar e a quimica central ficou pela mediania.
Na realização deste projeto da NEtflix Clermont-Tonnere é uma realizadora francesa que surpreendeu meio mundo em 2020 com o seu exercicio de estilo em Mustang. Aqui mais tradicional na abordagem arrisca nas sequencias de sexo explicito, mas isso torna o filme o que quer. Para uma realizadora ainda jovem temos margem para assumir mais destaque no futuro.
No cast eu aprecio as qualidades de Jack O'Connel que deve ser dos atores mais desaproveitados de Hollywood. Ao seu lado Corrin tem ganho mediatismo depois de The Crown em filmes ingleses mas parece uma questão de tempo a assumir outro tipo de papeis, pois tem intensidade e disponibilidade.
O melhor - A fidelidade a historia de base
O pior - A quimica do casal fica demasiado presa ao lado carnal
Avaliação - C+
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