Um dos acontecimentos cinematograficos deste outono acabou por ser este epico de guerra em plena fase de exploração de Africa que teve como mais que um objetivo de sublinhar a importancia racial juntar o lado de um exercito de mulheres bem treinadas dominada pela sempre intensa VIola Davis. Este filme acabou por conseguir convencer a critica a qual coloca principalmente a atriz no naipe de possiveis nomeadas para os oscares, sendo que comercialmente as coisas nao foram tao impactantes principalmente tendo em conta que e um filme de claro vetor comercial.
Sobre o filme temos um filme de guerra igual a todos os outros num contexto pouco habitual, ou seja nos reinos de Africa em plena escrevidão. O lado mais diferenciado do filme começa por nos levar para uma comunidade onde a guerra e o exercito acaba por ser uma possibilidade de escolha das mulheres contraria as opções. O filme tem um claro valor politico nos temas que tras inerente a um fisico e ate previsivel filme de guerra.
Ultrapassado todo o tema politico e historico que o filme nos tras temos um simples e pouco trabalhado filme de guerra, com sequencias pouco trabalhadas e pouco esteticas que acabam por ser resgatadas pela intensidade principalmente fisica de um cast de mulheres que acaba por ser o lado mais impactante do filme, nas sequencias de batalha e de sofrimento. Nao sendo um filme que propriamente torna os seus momentos epicos em quadros esteticos parece sempre um filme de uma segunda linha do genero.
Mas parece claro que o filme funcionou, certamente pelos temas que nos trás e nos quer dar, mas do que por qualquer outra diferenciação que o filme nao tem para alem do cast. Consegue reunir alguns valores que fazem funcionar os filmes de grande publico, como a ligaçao emocional entre as personagens, a perda e o amor, fica a sensação que de uma forma menos crua poderia ser uma historia Disney.
A historia segue um exercito de mulheres que tenta defender o reino dos ataques de um reino vizinho enqaunto tenta convencer o rei que a politica do reino mais que sustentada pelo trafico de escravos deveria estar associada ao lado do cultivo que a terra africana criava dos seus solos.
O argumento e simples, alguns apontamentos politicos e historicos a servir de pauta para uma narrativa simples, pouco original e previsivel. Nao e um filme de grandes palavras ou personagens e isso acaba por fazer com que o filme ultrapasse em pouco alguma mediania.
Na realizaçao Gina Prince-Bytheewood e um razoavel realizadora que lhe faltava um filme de primeira linha como realizadora embora como argumentista ja tenha tido alguns filmes melhor conseguidos. Fica a ideia que o filme náo consegue crescer esteticamente talvez por culpa da pouca ambiçao da sua realizadora, que explica o facto de ate este filme ter uma filmiografia algo cinzenta.
O cast funciona, desde logo com a disponibilidade fisica e intensidade de Davis que e sempre uma mais valia para qualquer filme, ainda mais quando potenciada ao maximo como o faz este filme. Mas nas secundarias consegue ter essa intensidade esse lado cru, desde logo na jovem protagonista Mbedu, mas tambem Lynch e Atim conseguem levar o filme para esse lado fisico impactante. Menos funcional no lado masculino Boyega cumpre, mas a dupla Fienne Tiffin e Bolger ficam aquem da intensidade que o resto do cast consegue criar.
O melhor - A intensidade impactante do cast feminino
O pior - Esteticamente devia ter sido muito mais trabalhado
Avaliação - C+
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