Sunday, November 06, 2022

The Woman King

 Um dos acontecimentos cinematograficos deste outono acabou por ser este epico de guerra em plena fase de exploração de Africa que teve como mais que um objetivo de sublinhar a importancia racial juntar o lado de um exercito de mulheres bem treinadas dominada pela sempre intensa VIola Davis. Este filme acabou por conseguir convencer a critica a qual coloca principalmente a atriz no naipe de possiveis nomeadas para os oscares, sendo que comercialmente as coisas nao foram tao impactantes principalmente tendo em conta que e um filme de claro vetor comercial.

Sobre o filme temos um filme de guerra igual a todos os outros num contexto pouco habitual, ou seja nos reinos de Africa em plena escrevidão. O lado mais diferenciado do filme começa por nos levar para uma comunidade onde a guerra e o exercito acaba por ser uma possibilidade de escolha das mulheres contraria as opções. O filme tem um claro valor politico nos temas que tras inerente a um fisico e ate previsivel filme de guerra.

Ultrapassado todo o tema politico e historico que o filme nos tras temos um simples e pouco trabalhado filme de guerra, com sequencias pouco trabalhadas e pouco esteticas que acabam por ser resgatadas pela intensidade principalmente fisica de um cast de mulheres que acaba por ser o lado mais impactante do filme, nas sequencias de batalha e de sofrimento. Nao sendo um filme que propriamente torna os seus momentos epicos em quadros esteticos parece sempre um filme de uma segunda linha do genero.

Mas parece claro que o filme funcionou, certamente pelos temas que nos trás e nos quer dar, mas do que por qualquer outra diferenciação que o filme nao tem para alem do cast. Consegue reunir alguns valores que fazem funcionar os filmes de grande publico, como a ligaçao emocional entre as personagens, a perda e o amor, fica a sensação que de uma forma menos crua poderia ser uma historia Disney.

A historia segue um exercito de mulheres que tenta defender o reino dos ataques de um reino vizinho enqaunto tenta convencer o rei que a politica do reino mais que sustentada pelo trafico de escravos deveria estar associada ao lado do cultivo que a terra africana criava dos seus solos.

O argumento e simples, alguns apontamentos politicos e historicos a servir de pauta para uma narrativa simples, pouco original e previsivel. Nao e um filme de grandes palavras ou personagens e isso acaba por fazer com que o filme ultrapasse em pouco alguma mediania.

Na realizaçao Gina Prince-Bytheewood e um razoavel realizadora que lhe faltava um filme de primeira linha como realizadora embora como argumentista ja tenha tido alguns filmes melhor conseguidos. Fica a ideia que o filme náo consegue crescer esteticamente talvez por culpa da pouca ambiçao da sua realizadora, que explica o facto de ate este filme ter uma filmiografia algo cinzenta.

O cast funciona, desde logo com a disponibilidade fisica e intensidade de Davis que e sempre uma mais valia para qualquer filme, ainda mais quando potenciada ao maximo como o faz este filme. Mas nas secundarias consegue ter essa intensidade esse lado cru, desde logo na jovem protagonista Mbedu, mas tambem Lynch e Atim conseguem levar o filme para esse lado fisico impactante. Menos funcional no lado masculino Boyega cumpre, mas a dupla Fienne Tiffin e Bolger ficam aquem da intensidade que o resto do cast consegue criar.


O melhor - A intensidade impactante do cast feminino

O pior - Esteticamente devia ter sido muito mais trabalhado


Avaliação - C+



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