John Lee Hanckook e daqueles realizadores que numa fase inicial da carreira evidenciava poder ser um dos novos cineastas de referencia, contudo quando teve os olhos da critica sobre si não concretizou as expetativas as quais foram sendo diluidas essencialmente em projetos da Netflix. Este ano surgiu mais um novo, no genero de terror numa adaptação de um conto de Stephen King. O resultado critico foi algo mediano o que numa altura em que todos lançam projetos para premios acabou por fazer desaparecer algum mediatismo ao filme principalmente no que diz respeito a titulos da operadora.
Este tipo de filme acaba por encaixar num terreno que não é carne nem peixe, é um filme sobre a morte, sobre a reação a morte com toques de horror. Se no primeiro ponto o filme até consegue ser competente, principalmente na construçao do jovem central, na segunda e apos o acontecimento que marca o epicentro do filme, tudo se torna mais difuso, diluido com dificuldade de fazer vincar as suas ideias, perdendo assim o filme objetividade e intensidade.
E percetivel que o filme nao quer ser terror assumido, alias o filme tem dificuldade em assumir um genero o que normalmente acaba por condicionar sempre o impacto de qualquer filme. Na fase inicial tenta ser um paralelismo entre a historia que vemos e os livros que vao sendo abordados, com o lado misterioso da personagem central e da forma como prognostica um futuro que ja vivemos. Fora essas curiosidades o filme tem alguma dificuldade em se organizar para transmitir ideias claras.
Ou seja mais uma adaptação de King, longe das melhores que ja vimos dele. Pouco terror, pouco grafica, tentando criar uma tensao implicita na personagem mas que ao mesmo tempo acaba por se diluir nos promenores da historia, e fazem o filme algo cinzento, numa altura em que principalmente nas adaptaçoes do escritos se procura intensidade.
A historia segue um jovem que apos a morte da mãe começa a comunicar com um idoso misterioso, contando-lhe historias e lendo livros, que cria um laço forte entre eles, que torna tudo mais estranho quando o idoso morre, e o jovem continuar a comunicar com ele pelo telefone que lhe colocou no bolso.
O argumento tem alguns elementos que normalmente funcionam bem no terror como a comunicação com os mortos, e o destino. As personagens criam bem o misterio em torno delas mas tem dificuldade em desenvolver e se concretizar principalmente nas narrativas..
No que diz respeito à realizção Hanckook, nunca fez dos seus filmes grandes trabalhos artisticos na sua componente e este também não o é. Foi tendo algumas boas historias que o colocou em algumas temporadas de premios, mas o seu fator nunca foi diferenciador e isso fez com que tenha terminado em filme muito medianos como este.
No cast o Sutherland ja numa idade muito avançada da o misterio necessario e grafico a personagem, mesmo que a mesma seja repetitiva. Ao seu lado o jovem Martell parecia no inicio da sua carreira um jovem promeninente e com recursos que acabou sempre associado a este genero, com a exceção da boa composição de Knives Out. Necessita de mais risco para se assumir ja como um ator adulto.
O melhor - Os livros dentro da historia
O pior - Nao concretizar a tensão que cria
Avaliação - C
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