Quando foi anunciado que David Gordon Green iria revitalizar o conceito de Halloween juntamente com Jaime Lee Curtis os saudistas dos fenómenos ficaram satisfeitos mesmo que ao longo dos anos tenham sido diversas as tentativas frustradas de o fazer, que acabava sempre no mesmo tipo de registo. Aqui a novidade era a escolha de um cineasta algo independente com algum conceito que foi alimentando expetativas que nos dois primeiros filmes se foram desmoronando. Este final da triologia acabou por sair sem grande dinâmica comercial, o que fez com que os resultados críticos e comerciais foram decrescendo e filme para filme depois de um primeiro filme que resultou em ambos os cenários.
Por tudo isto parece claro que esta forma como o filme terminou não seria o expectável para o conceito por diversas razões. Primeiro porque o grande segredo desta nova fase era o conceito retro que o filme teve, e que está na moda. Nos filmes seguintes o filme foi claramente menos feliz, primeiro porque divagava demasiado noutras personagens, e porque se limitava ao horror absoluto das mortes, tornando os filmes algo estranhos. Este cai nesse erro a primeira hora do filme é quase impossível de perceber o conceito, na forma como quase torna protagonista um personagem quase desconhecido, esquecendo todos os elementos de Halloween, sendo que posteriormente o filme não tem dimensão para conseguir ao mesmo tempo ir procurar.
O filme consegue ir buscar alguns apontamentos relativo à base dos primeiros filmes, mas pouco principalmente quando comparado com o anterior. Fica a clara ideia que o filme quer criar um discípulo de Meyers mas acaba por não ser mais que isso, porque a personagem não tem dimensão, não tem carisma e mais que isso o filme não ter novidade ficando a noção que no final, mesmo com novos elementos e uma triologia que tenta acabar com Meyers mas todos sabemos que ele vai regressar.
Assim temos tres filmes depois apenas uma homenagem, sem que exista algo de substancialmente diferente no percurso da personagem central de Halloween e naquilo que já conhecemos. E sempre nostalgico ouvir a musica e o espaço no mes de Outubro mas tendo em conta o numero de filmes do formato que já viram a luz do dia era de pensar se esta e a estrategia mais forte ou se deveria compor novos elementos com o mesmo carisma e originais.
O filme segue a saga de Meyers e Laurie, quando um jovem se torna mal visto na comunidade a apaixona-se pela neta de Laurie mas ao mesmo tempo aproxima-se das bases que criaram Meyers, e torna-se na companhia mortal do terrivel psicopata.
No argumento e mais que discutivel o enfoque central do filme. Fica a ideia que Meyers e Laurie sao secundarios no seu proprio filme sem razão alguma. A historia central e desinteressante, confusa, sem carisma das personagens e no final de uma saga como este, nao era de prever estas opções.
No que diz respeito à realização Gordon Green e um realizador que cresceu num lado mais indie quase dramtico que foi a surpreendente escolha para esta saga. O revivalismo está la mas pouco mais, num projeto que começou bem mas no qual perdeu rapidamente a originalidade das suas ideias.
No que diz respeito ao cast Curtis e a senhora da saga, bem como Patton e ai o filme segue o caminho natural. Nos jovens protagonistas fica a clara ideia que Matichak e Campbell nao tem dimensao para um projeto minimamente ambicioso ainda para mais com o peso da sua conclusao
O melhor - O revivalismo sonoro
O pior - Na conclusão mudar totalmente o foco narrativo
Avaliação - C-
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