Wednesday, November 02, 2022

Pearl

 Depois do sucesso em termos de terror de X, o qual conseguiu conciliar um terror duro com um lado estético bastante apurado, eis que surge a sequela, ou neste quase a prequela, a quais surge no mesmo ano, meses apos, e com o mesmo consenso critico do primeiro filme, numa das melhores saga deste ano. O resultado critico voltou a ser positivo, embora seja um filme mais colorido, e com uma homenagem aos classicos, consegue tambem imprimir terror quando quer. Do ponto de vista comercial a base foi muito semelhante ao primeiro filme, sem o impacto que se calhar a originalidade do filme merecia.

Sobre o filme podemos dizer que quem gostou do primeiro filme vai gostar das respostas que o filme da sobre a sua personagem. Embora num estilo diferenciado e em que o filme acaba por optar uma abordagem mais colorida, com muitas referências a filmes de época de guerra, o filme acaba por ao mesmo tempo conseguir ter essa originalidade, e ao mesmo tempo incutir o terror necessário de uma forma competente e impactante.

Claro que não é um filme convencional, ou que pode agradar a toda a gente, o filme quer acima de tudo potenciar o impacto visual de Mia Gooth uma actriz com recursos que Hollywood ainda não aproveitou em primeira linha, mas que o filme consegue dar o lado mais inocente e terrorifico da personagem, que acaba por ser da mais iconica que o terror nos deu nos ultimos anos.

Completando a dupla de filmes temos um bom trabalho na forma como tudo é assumido. Ate a opção temporal contraria parece funcionar. O filme tem terror, tem conceito, tem interpretação. Numa altura em que o terror vive um período dual, onde temos filmes com conceito que tem ganho alguma dimensão, com outros onde a repetiçao e falta de originalidade tem prejudicado o impacto do genero, este e claramente um dos casos que encaixa no primeiro segmento de analise.

No que diz respeito ao filme, temos a origem de Pearl, as suas caracteristicas e a forma como na adolescencia começou a praticar crimes que a conduziu a perigosa assassina de X.

No que diz respeito ao argumento o filme tenta explicar o que criou a terrivel personagem. O filme e competente, assuntador, que leva a personagem ao limite e ao prazer de  matar. Nao e propriamente um poço de originalidade mas integra-se bem naquilo que fica por responder no primeiro filme.

Ti West e uma figura particular que tem nestes capitulos um trabalho meritorio de autor. Principalmente pelo aprumo estetico e uma assinatura num genero dificil, e pelo impacto que os filmes conseguiram que nos levara a estar atento ao seguimento de uma carreira em claro crescimento.

No cast Goth na concretização dos dois filme e alma do filme do primeiro ao ultimo minuto, com uma das melhores interpretaçoes de terror dos ultimos anos. E impactante e expressiva e intensa, e leva o filme e o fenomeno dos filmes ao maximo e merecia mais atençao bem como a propria carreira da atriz, a qual deixa nenhum espaço para os seus colegas de cast.


O melhor - A expressividade de Goth

O pior - E uma historia igual a outras de terror


Avaliação - B-



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