O terror é dos géneros que melhores produtos lançou em 2022. Parece que tal não se deveu apenas a qualidade intrínseca de alguns projetos, cada vez mais arrojados, mas talvez pela comparação fácil com o que se foi fazendo nos últimos anos, e cuja qualidade era extremamente duvidosa. O filme que conseguiu reunir mais gloria comercia e critica com este Smile, o qual foi potenciado com uma boa campanha de markting sustentado pelo macabro sorriso das personagens, o filme tornou-se num surpreendente sucesso de bilheteira que acabou por apanhar desprevenido os proprios produtores do filme. Criticamente o filme tambem resultou com avaliações positivas.
Sobre o filme eu confesso que o "sorriso" subjacente às personagens e o macabro que as mesmas acabam por ser acaba por ser o elemento sedutor do filme, que funciona que nos impressiona mas que tudo o resto sinceramente me desiludiu tendo em conta o que lia do filme. A historia de maldições é igual a muitas, mesmo a questão ciclica de perpetuação das ocorrências acaba por ser semelhante a quase tudo que ja vimos e o resultado final acaba por ser previsivel desde o primeiro minuto.
Em termos de terror o filme tem alguns momentos em que funciona, sempre com o mesmo elemento particular o sorriso e a forma como os interpretes, uns melhores que outros conseguiram que o mesmo fosse central e impactante ao longo de todo o filme. No final quando começa o confronto com o alegado "espirito" o filme não encontra o tom certo, ficando a ideia que apenas quer impressionar mesmo que isso seja desprovido de qualquer lógica.
Por tudo isto Smile e daqueles filmes que beneficia do elemento publicitario para se tornar maior. Num ano em que tivemos boas abordagens de terror, que esta longo de ser o meu genero preferido acabei por achar na globalidade este dos projetos mais pequenos em qualidade quando comparado com outros que brilharam principalmente na critica. Previsibilidade, sustos moderados e apenas o caracter estetico funcional de um sorriso retirado de um Joker mais tenebroso.
O filme fala-nos de uma médica de saude mental, que apos ver uma sua paciente a suicidar-se perante si, começa a ter visões concretamente de um sorriso que comunica com ela e que a conduz para um desfecho inevitavel de um ciclo de morte.
Em termos de argumento o filme e mais do mesmo a todos os niveis, na maldição, na forma como a mesma comunica, na forma como as personagens não crescer foram do ciclo e acima de tudo na previsibilidade total do final.
Na realização Parker Finn foi o grande vencedor do projeto pois conseguiu perceber a força estética do sorriso e potencia-lo ao máximo, escondendo outros elementos. O que resulta do restante e mais do mesmo que ja vimos em filmes maiores de terror, sustos efetuados da forma pre definida e pouco mais.
No cast o filme não recorre a grandes figuras optando por algumas caras ainda desconhecidas mas ja vistas em series. Eu nao fui particularmente adepto da escolha de Sosie Bacon como protagonista. Demasiado repetitiva nas expressões, e das que pior funciona no lado caustico do sorriso. O filme depende muito da sua personagem e a interpretação não e das melhores.
O melhor - O Aspeto gráfico do sorriso.
O pior - A história não é propriamente a que trás maior novidade.
Avaliação - C-
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