Sunday, March 07, 2021

The World to Come

 Estreado o ano passado no peculiar e interativo festival de veneza este pequeno filme, uma especie de western acabou por reunir um interessante cast numa especie de brockback mountain do sexo feminino. A formula extremamente parecida com o filme de Ang Lee reuniu aplausos junto da critica mais especializada embora nao tenha propriamente sido um filme de impacto imediato junto do grande publico. Comercialmente o filme acaba por ter marcas residuais expectaveis tendo em conta o tipo de filme em questão.

Sobre o filme temos um tipico filme europeu com actores mais associados a hollywood, temos um filme com poucas personagens, paisagens solitarias, e muitas reflexoes por parte dos protagonistas que acabam por dar ao filme um caracter muito lento que faz principalmente desaparecer as personagens secundarias. E um filme com uma toada amargurada que perdura do primeiro ao ultimo minuto.

O unico ponto onde me parece que o filme funciona melhor e na relaçao central, os silencios, os toques o desenvolvimento da relaçao e bem trabalhada usufruindo do silencio do restante para fazer vincar a sua formula. Mesmo assim tambem neste particular pensamos que a relação deveria ter mais intensidade, mais explosao, algo que nunca tem e continua a nao contribuir particularmente para que o filme adquira algum ritmo.

OU seja um filme pausado sobre a dor, o luto e a forma como o contornar, a diferença entre o sentimento e a vivencia, que o filme acaba por fazer funcionar quase sempre mais em termos de mensagem do que no seu desenvolvimento demasiado parado para o impacto que o filme deseja ter.

A historia fala de dois casais que se encontram numa remota aldeia, dedicando-se a agricultura, ate que se começa a criar uma quimica entre os dois elementos femininos que acabam por contornar a dor passada e a monotonia das relações de ambas.

EM termos de argumento e uma historia de personagem os seus pensamentos, os seus conflitos e as suas reflexoes, fica a ideia que o filme nunca e escrito para grande ritmo e sofre muito com isso mas por outro lado encaixa no estilo de cinema que quer ser.

Na realizaçao Fastvold e mais das realizadoras nordicas a ganhar o seu espaço no cinema global com um elenco de primeira linha. O filme tem uma boa escolha de paisagem para fortalecer ainda mais a mensagem de solidão, depois e realizada com esses atributos na sua mensagem. E uma realizaçao algo simplista e nem sempre com boa gestao de ritmo mas penso que isso e uma opçao.

O excelente cast com alguns dos bons atores desta geração acaba por permitir boas intererpretaçoes principalmente de Waterston, que ainda procura o seu espaço no cinema americano depois de alguns blockbusters, uma Kirby em boa forma, e o apoio de um Affleck sempre intensdo e um Abbot a crescer.


O melhor - A forma como a paisagem trabalha ainda mais a dor das persoangens.


O pior - O seu ritmo quase inexistente


Avaliação - C



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