Num ano em que rapidamente se percebeu que em termos de premios existiriam menos candidatos do que estamos habituados, existiram alguns actores de hollywood que se tentaram posicionar como realizadores actores com os seus projetos em busca de fama. Robin Wright e este Land foi uma delas, num filme intimista sobre ligação e sofrimento de personagens que conseguiu uma boa receção ainda que moderada, mas que tornou insuficiente a força do filme para a luta por premios. Ao contrário do esperado o filme acabou por funcionar melhor em termos mundiais em termos comerciais, contudo temos sempre de ver este sucesso no contexto pandemico atual.
Sobre o filme podemos dizer que 2020 e um ano de introspeçao de diversos autores em termos de cinema, talvez pela escassez de meios ou por a aposta em projetos menos arriscados, mas assistimos a diversos filmes pequenos sobre sofrimento ou expressoes concretas de personagens uns com mais sucesso do que outros. Este Land e mais uma tentativa de nos dar alguem no limite e a forma como se ergue.
O filme apesar de curto tem um ritmo algo lento para fazer com que se consiga diferenciar. E inequivoco que o filme busca uma prestação de primeira linha de Wright mas essa obsessão acaba por limitar os outros pontos de um filme ja de si pequeno e que nao o deixa prorpiamente crescer na exploração entre outras coisas do contexto que vemos.
Certo e que no seu pequeno objetivo o filme funciona, nao so na mensagem dramatica mas positiva que quer transmitir, mas tambem na intensidade da persoangem central que permite a Wright uma boa e intensa interpretaçao, mesmo num filme competente mas algo cinzento.
A historia fala de uma mulher em plena depressão que acaba por ser salva por um estranho individuo que assume a tarefa de ajuda-la a erguer com um proposito pouco claro, mas que leva a criaçao de um laço forte entre ambos em fases contrarias.
O argumento do filme tem um bom fundo, funciona a espaços no lado emocional, pese embora não seja muito recheado ou elaborado. E um filme pequeno de uma historia pequena mas que consegue marcar pontos nos curtos objetivos que tem.
Wright tem aqui o seu projeto mais intimista e a sua estreia nas longas metragens, numa realizaçao simples e silenciosa, que demonstra um lado mais dramatico e bucolico dela enquanto realizadora. As influencias estao bem assinadas mas fica a faltar uma assinatura pessoal que so no futuro poderemos perceber se consegue criar.
Na interpretação a personagem tem ambições, Wright tem tamanho para a exigencia mas fica muito claro que se trata de uma candidatura demasiado denunciada o que normalmente fica pelo caminho. Birch e um bom suporte mas fica a ideia que as preocupações com a personagem e a interpretação possa ter esvaziado o resto do filme.
O melhor - A interpretação
O pior - O filme esvaziar-se um pouco em torno da mesma
Avaliação - C+
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