Os biopics musicais tem nos ultimos anos se tornado tão comuns que quase sao poucos os artistas relevantes que ja não tiveram direito ao seu filme, muitos dos quais afro americanos que lutaram pelos direitos e igualdade racial. Este ano sob a mão de um ativista como Lee Daniels surgiu esta especie de biopic de Billie Holiday que acaba por ser bem mais uma reflexao sobre a sua personalidade e vicios do que propriamente pela sua obra. Este filme lançado em cima da meta para concorrer aos premios nao passou da mediania critica qu e resultou apenas na nomeaçao de Day para os Oscares. Comercialmente a Hulu ainda demonstra alguma dificuldade na partiha das suas obras e o filme teve essa barreira.
Sobre o filme podemos dizer que se trata de um biopic com algumas caracteristicas ligeiramente diferentes das que estamos habituados sem que isso queira dizer que o filme tira beneficios dessa diferenciaçao. Nao e um filme que fala muito da obra, mas mais da personalidade da sua historia e dos seus conflitos, espaçando com um lado mais musical que serve apenas de pano de fundo e nunca quer ser ele proprio o protagonista, o que torna o filme algo lento no seu desenvolvimento.
E obvio que o filme tem um lado politico na ordem do dia que acaba por lhe dar alguma pertensão, mas que depois acaba por limitar o desenvolvimento ou pelo menos a homenagem que a obra poderia ter. Este aspeto tem sido muito comum em biopic de musicos afro americanos que conduzem a que muitas vezes fique mais o lado politico do que artistico de alguem de primeira linha.
E assim um biopic de segunda linha, com objetivos bem definidos mas que nunca conseguem fazer propriamente do filme uma grande referência. A forma pouco comprometida com que trata alguns aspetos pessoais da pessoa em deterimento sempre de uma politização da obra parece-me sempre um erro, ja que nos parece que existe sempre espaço para as duas vertentes sem se comrpometerem.
A historia fala de Billie Holiday e a forma como a mesma teve de lutar contra um sistema que queria silenciar a sua musica de referência numa personagem contorbada por um passado marcado por miseria e abusos.
Em termos de argumento penso que o filme tinha espaço para debruçar de uma forma mais equilibrado os diferentes segmentos da personagem o que acaba por ter sempre alguma dificuldade em o fazer. Isso torna o filme demasiado politico e essa nao me parece nem sempre ser a melhor homenagem de homenagear uma obra.
Em termos de realizaçao Daniels tem sido mais que um realizador um ativista nas causas afro americanas e uma das suas referencias. Depois de um inicio brilhante nos ultimos tempos tem tido alguma dificuldade em vincar os seus filmes, e este acaba por ser um trabalho mais intimista e menos impactante que outros que foi tendo.
No cast Day tem a tarefa dificil de encarnar Holiday e acaba por ser o melhor aspeto e o mais significativo do filme. Tem carisma, presença e vai de encontro as necessidades variadas da personagem. Ao seu lado um Rodes que ainda procura o seu espaço e um conjunto de atores que deixam o espaço correto para a protagonista brilhar.
O melhor - Andra Day
O pior - A forma como a obra ou a afirmaçao da mesma ficou num segundo plano
Avaliação - C
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