Existem filmes que tudo aponta para uma boa premissa e um resultado comercial interessante que acabam no arquivo de algumas das maiores produtoras e acabam lançados no meio de muitos. DOis anos depois da sua produçao este filme sobre a perda e sobre a amizade teve a luz do dia sob uma modesta candidatura a premios que nunca se vai concretizar ja que em termos criticos o filme esteve longe de ser bem recebido com resultados muito medianos. Do ponto de vista comercial os resultados foram modestos mas condizente com o plano de remedio que foi o seu lançamento.
Sobre o filme podemos dizer que este e o tipico filme que da forma como explora o sentimento e as emoçoes ao maximo e sempre um tipo de projeto que funciona muito melhor junto do grande publico do que da critica, que podera se queixar de um exagero de cena a cena para potenciar a emoçao facil das suas personagens, contudo devemos sublinhar que o filme consegue essa intensidade num filme sobre um tema sempre dificil como o cancro.
O filme acaba por ser um filme com uma mensagem muito interessante de amizade, redenção e de proximidade de um casal com os seus problemas. Onde o filme parece falhar e quando complica na organizaçao temporal da historia com avanços e recuos e isso muito por culpa de uma nao caracterizaçao das personagens que se mantem quase imutaveis no aspecto e que tira algum realismo ou mesmo alguma objetividade naquilo que e transmitido a cada momento.
Por tudo isto temos um filme que nap sendo uma obra prima e que acima de tudo preocupa-se muito mais em criar emoçao no espetador do que propriamente por o surpreender, mas que consegue ter esse impacto, ainda que com alguma previsbilidade. E um filme com defeitos e objetivos nem sempre muito exigentes mas que os acaba por cumprir.
A historia segue a dinamica de um casal ao longo dos anos e a relação que os elementos vao tendo com um amigo, que se torna o pilar da familia quando a trajedia da doença entre dentro daquela dinamica.
Em termos de argumento e um filme com uma bonita historia baseada em factos reais que o filme aproveita para lhe dar a maior dimensao emocional possivel. Em termos de originalidade e mais do mesmo, um filme mais escrito com o coraçao do que com a cabeça.
Na realizaçao Cowpertwhite tem aqui o seu segundo filme, e o resultado tem o lado feminino da emoçao mas perde-se muito na opçao pelos constantes saltos temporais que a realizaçao nao lhe consegue dar a objetividade perfeita. Isso pode ser um erro de falta de experiencia mas so o futuro podera dizer que tipo de grau atingira a realizadora no cinema, aqui parece ser a parente pobre.
O filme reune um cast interessante que encaixa bem uns nos outros, parece-me que o maior destaque vai para um Aflleck que funciona como poucos no drama puro e a sua personagem e muito bem conseguida, num actor com muita qualidade mas ainda com poucos filmes. Ao seu lado uma Dakota que poderia brihar mais pois o papel pede isso, e que nem sempre consegue aproveitar, e um Segel demasiado preso a comedia, que funciona apenas em alguns espaços, ja que noutros exigia mais competencia dramatica.
O melhor - O filme consegue comunicar sentimentos com o espetador.
O pior - os saltos temporais
Avaliação - B-
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