Tuesday, August 28, 2018

Who We Are Now

Este pequeno filme foi uma das surpresas em festivais pequenos do ultimo ano, e que conseguiu graças ao bom reconhecimento critico que teve nessa montra conseguir uma distribuição este ano no cinema, onde acaba por ser um dos filmes bem valorizados ate ao presente momento do ano. Em termos comerciais sendo um filme pequeno e sem grandes figuras acabou por ter resultados muito limitados o que condicionara garantidamente a sua presença na temporada de premios que futuramente ai estará.
Estes pequenos filmes valem muitas vezes pelos aspetos mais pequenos mas ao mesmo tempo tao importantes no cinema, e acaba por ser nesses pequenos aspetos que o filme funciona, principalmente no que diz respeito às interpretações principais, e mais que isso na forma como as persoangens vão alterando a sua postura com o crescimento circunstancial que o filme dá e isso acaba por o tornar maduro e sincero nos seus objetivos.
Parece-me que é um filme pesado do ponto de vista emotivo alancado numa interpretação fortissima da sua protagonista e de uma personagem construda sob todos os pontos. Esta força de construção acaba contudo por condicionar um pouco o valor dos secundarios que vão tendo a espaços os seus momentos mas o intervalo algo longo entre os mesmos acaba por dar ao filme alguns problemas do seguimento das historias secundarias, que contudo parecem-nos claramente irrelevantes para o seguimento do filme.
Um filme interessante, com valor, que demonstra que muitas vezes uma historia comum bem trabalhada do ponto de vista do argumento e das interpretaçoes podem dar ao cinema independente uma qualidade unanime que nao exige filmes quase impercetiveis ou exprimentalistas. Podemos dizer que o final nao e propriamente o esperado, mas acaba por ser o que melhor senso tem para rematar o que o filme nos quer dar.
A historia fala de uma ex-condenada que no regresso a liberdade tenta reatar a relação com o seu filho, sofrendo entraves por parte da sua irmã que cuidou do menor durante o periodo de clausura. O filme fala-nos da batalha legal e da relação que vai sendo construida com uma jovem advogada.
E no argumento e principalmente na linha da personagem central que o filme funciona quase por completo. A personagem é bem construida e os dialogos onde participa a força do filme. As historias secundarias perdem um bocadinho pois nao conseguem ter esse impacto, mas sem duvida um bom argumento.
Na realizaçao o trabalho de Matthew Newton parece-me simples deixando os outros aspetos do filme funcionar. E um jovem realizador que ainda deixa o argumento falar mais alto mas tendo em conta a sua idade e a intensidade deste filme podera no futuro ser um valor serio.
No cast o filme tem uma das melhores interpretações do ano de Julianne Nicholson, a intensidade e os momentos da actriz ao longo do filme são absolutamente brilhantes numa prestação que enche o ecra e o filme. Num filme com mais visibilidade seria certamente uma forte candidata aos premios, assim provavelmente ficara apenas na retina de quem viu o filme.

O melhor - Nicholson

O pior - As historias secundarias são demasiado fracionadas ao longo do filme

Avaliação - B

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