Thursday, August 30, 2018

Adrift

Os filmes que tem como base a capacidade de sobrevivencia humana tem normalmente um impacto emotivo interessante, principalmente quando são baseados em historias reais. Este filme lançado em pleno verão tem um misto de sobrevivencia e uma historia de amor, ingredientes interessantes em termos comerciais, mesmo que em termos criticos o filme nao tenha ido alem da mediania. Comercialmente o filme acabou por nao ser o sucesso esperado com resultados algo modestos.
Sobre o filme, temos um filme que acaba na sua base por ser algo repetitivo, um casal no alto mar, um acidente e uma luta constante pela sobrevivencia. A forma como o filme é contada inicialmente parece não ser a melhor opção com os altos temporais, mas com o passar do tempo percebe-se que principalmente a historia de amor vai ganhando corpo e impacto para tudo o que acontece em seguida, e do ponto de vista emocional a aposta acaba por ser bem conseguida.
Do ponto de vista da narrativa o filme não tem uma primeira parte facil, mas principalmente no seu climax o impacto funciona principalmente tambem pelo ritmo adormecido inicial, e um dos filmes que mesmo nao tendo ingredientes que o diferenciem propriamente de outros filmes bastante parecidos, a sua gestão de impacto acaba por funcionar principalmente junto do espetador que vai se ligando emocionalmente a historia e a luta de sobrevivencia.
No impacto visual do filme parece-me claro que este funciona na forma como nos dá a imensidão do mar de uma forma clara, também me parece que do ponto de vista estrutural o filme tem momentos de impacto fisico, mesmo que em termos interpretivos exista um desiquilibrio claro na exigencia de papeis entre os protagonistas.
A historia fala de um casal que embarca num veleiro contudo apos um acidente tentam lutar em alto mar pela sobrevivencia e acima de tudo pela chegada a terra.
Em termos de argumento parece-me obvio que o filme não e propriamente uma novidade naquilo que quer contar, contudo parece-me também que a abordagem dos tempos do filme acabam por ser bem geridos nos momentos para o impacto que o filme quer ter no final
Na realizaçao sublinho que já tinha gostado bastante do trabalho de Korkmakur em Everest e novamente ele consegue nos dar a sensaçao fisica dos filmes, ainda que aqui bem mais facil porque apenas necessitou de agua, muita agua. parece-me um realizador que sem grandes truques consegue ter impacto percetivo e isso nem sempre e facil.
Em termos de cast temos um papel dificilimo de Woodley, uma jovem actriz com muito talento que nem sempre o aproveitou da melhor maneira, mas que parece aos poucos reencontrar o seu caminho. Existente do ponto de vista fisico e emotivo, ela lidera o filme de uma ponta a outra deixando pouco espaço a uma personagem que acaba por ser o ponto fraco do filme, neste caso o Richard, mais romantico.

O melhor - O climax do filme

O pior - O desiquilibrio entre as duas personagens

Avaliação - B

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