Sunday, April 23, 2017

The Zookeeper's Wife

Existem todos os anos diversos anos que no planeamento dos anos começam por ser oscar contenders, mas por opção dos estudios ou porque os primeiros ensaios com os espetadores não tem os resultados esperados, que ficam guardados para o ano seguido onde estreiam de forma silenciosa em meses menos fortes. E o caso desta produção europeia e mais uma historia sobre herois do holocausto. O filme acabou por não ter criticas positivas suficientes para lhe dar o arranque na epoca de premios, e comercialmente a opçao por Março de 2017 até podemos dizer que foi positiva já que com menos concorrencia os resultados comerciais até acabaram por ser interessantes.
Sobre o filme, é normal que o peso das historias ainda para mais veridicas da luta contra o nazismo e principalmente a defesa do valor humano, tem um impacto emocional que so por si valoriza qualquer filme descritivo sobre estes factos. Neste filme temos mais um apontamento que acaba por tornar tudo ainda mais forte, que é a forma e o local com que tudo foi feito. Dai que este é um daqueles filmes que mais que brilhante na forma como foi feito, tem todos os seus trunfos no significado da sua historia, e do seu feito, quer narrativo quer factual.
E posto isto, que de alguma forma justifica muito do peso emotivo que o filme tem no espetador, no restante o filme acaba por se tornar numa abordagem simplista, tem nunca se tornar num filme com grande ritmo, o que o torna muito morno quando não tem os apontamentos mais concretos, sem grande rebeldia ou criatividade estetica e um filme declaradamente sobre as personagens e os seus feitos, com um peso emocional grande que nunca tenta lançar zoom sobre outros pontos.
Por isto parece-me que mesmo sendo um filme maduro, e com o peso da sua narrativa para ser um filme de primeira linha, tem de se ir mais longe do que uma boa historia, necessitamos de uma boa abordagem, elementos diferenciadores e a capacidade de em algum momento surpreender o espetador. No climax o filme tenta isso, mas acaba por saber a pouco na tentativa de levar o filme para padrões mais de excelencia do que eficacia.
A historia fala de um casal responsavel pelo Jardim Zoologico de Varsovia que durante o holocausto acabam por albergar e conduzir para terreno mais salutar diversos judeus guardando-os no seu jardim zoologico em pleno centro de conflito.
Em termos de argumento a historia quer base factual quer narrativa é de uma forma plena, quer nos promenores emocionais, quer no detalhe temporal. Mesmo entrando em alguns cliches que potenciam o filme do ponto de vista emocional, é um filme que sabe criar impacto no espetador e ser detalhado na forma com que nos da o perigo da condiçao humana naquele periodo.
Niki Caro tem nos seus filmes um lado emotivo que impera naquilo que transmite ao espetador, mais uma vez aqui temos mais emoçao do que criatividade, o filme pedia isso, mas não coloca de lado o segundo ponto, que me parece limitar o filme como obra artistica. Ainda não foi desta que a realizadora deu o salto para um primeiro patamar.
Em termos de cast Chastain e Bruhl sao actores muito eficazes e intensos nas suas composições, aqui em papeis mais objetivos não tem expaço para brilhar mas tem espaço para demonstrar competencia e qualidade nivelada e isso conseguem com facilidade.

O melhor – O pese da historia que é contada.

O pior – Não ter conseguido escapar dos cliches dos filmes do holocausto


Avaliação - B-

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