Se existe filme que até
ao momento foi a revelação de 2017 foi este Get Out, um filme de
terror que marca a estreia do comediante Jordan Peele na realização
e que acabou por ser a grande surpresa critica deste ano com
avaliações extraordinarias quase nunca vistas num terreno como o
terror e horror. Comercialmente impulsionado por este excelente
registo critico Get Out tornou-se um fenomeno de bilheteira brutal
nos EUA e esperamos para ver o que ira conseguir no resto do mundo,
trantando-se de um filme sem qualquer figura conhecida.
Sobre o filme eu
confesso que o terror é normalmente um registo de filme que nos
ultimos anos tem sido uma total replicação de conceito sem qualquer
tipo de qualidade na forma como os filmes vão sendo lançados, dai
ser uma autentica pedra no charco quando surge um filme diferente, e
este Get Out e isso mesmo não necessita de espiritos nem de sangue
para ser assustador e claustrofobico a um nivel elevadissimo. A culpa
disso e no equilibrio e a dictomia que o filme tem entre os seus
momentos iniciais de comedia familiar e aquilo que se revela este
contrasta acaba por ser a imagem de marca do filme e aquilo que lhe
da intensidade do ponto de vista do terror.
Mas não é apenas no
argumento que o filme funciona e se distancia dos outros do mesmo
genero, também na realização o filme consegue impressionar com
expressões faciais e situações em si, algo que demonstra bem a
mestria com que toda a produção do filme sabia o que cada momento
iria transmitir ao espetador, e sendo o terror mais que filmes de
significado aquilo que sensorialmente os filmes transmites estamos
claramente perante um filme funcional na maior parte das suas
valencias.
O ponto menos positivo
do filme poderá ser as limitações de um filme de terror, ou seja
em termos de mensagem, em termos daquilo que o filme significa e
representa são sempre filmes de pequeno alcance, pensamos tambem que
o lado revelativo do filme poderia demorar mais, ser mais intenso,
parecendo que por vezes o filme se encaminha rapido demais para a sua
conclusão.
A historia fala de um
namorado afro americano que vai conhecer a familia da namorada, e o
que inicialmente lhe parece uma familia que o ira integrar bem
rapidamente se transforma num pesadelo e numa luta pela
sobrevivencia.
Em termos de argumento
estamos perante um dos filmes de terror mais originais e mais
criativos dos ultimos anos. Podendo em alguns momentos pecar por
alguma previsibilidade certo é que o filme funciona naquilo que quer
proporcionar aos espetadores, num dos filmes mais vincados em termos
de terror dos ultimos anos.
Jordan Peele e o heroi
do filme já que se o filme funciona está na base de um argumento e
de uma realização bastante capaz. E todos sabemos o que é dificil
e importante a realizaçao num filme de terror, e tudo torna-se mais
surpreendente quando a mesma esta a cargo de alguem que como ator e
criador sempre esteve ligado a comedia.
No cast sem grandes
figuras o filme é entregue a dois jovens desconhecidos que tem o
peso do filme sobre si. Os filmes de terror não sao normalmente
filmes que exijam muito dos seus interpretes para alem da entrega
fisica, e este não difere nestes principios, mas a dupla de
protagonistas, ou seja, Kaluuya e Williams funcionam bem naquilo que
as personagens pedem.
O melhor – A
confirmaçao que para um bom filme de terror tudo tem de começar por
talento na escrita e na realização.
O pior – Em alguns
momentos pode ser previsivel nas suas revelações.
Avaliação - B
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