Thursday, April 20, 2017

Personal Shopper

É comum depois de uma expriencia bem sucedida que algumas figuras de hollywood repitam parcerias com realizadores europeus, nos seus projetos seguintes. É o que aconteceu nesta segunda colaboração entre Kristen Stewart e Olivier Assayas, neste thriller psicologico que no decurso do ano de 2016 foi exibido em diversos festivais tendo inclusivamente conseguido o premio de melhor realização no festival de Cannes. Este foi um filme bem recebido pela critica embora o impulso dado pelo Festival de Cannes tenha sido insuficiente para ir mais longe dos restantes premios americanos. COmercialmente apenas em 2017 conseguiu distribuição nos EUA com resultados significativos mas longe de primeiro plano, muito fruto da pouca distribuição.
Sobre o filme, normalmente os filmes europeus, mais que uma excelencia na produção tem aquele ar enigmatico que funciona melhor em filme mentalmente intensos. É o caso deste filme, que até começa  num ritmo pouco interessante parecendo introduzir mais um filme de contactos com o além, mas que aos poucos torna-se mais que isso, torna-se numa thriller intenso, mental, de diferentes realidades e que a forma de Assayas realizar acaba por ser uma mais valia no suspense que vai tendo até ao final. O twist final é interessante e acaba por dar ao filme a dimensão que ele precisava para tudo o resto continuar a funcionar.
Personal Shopper e um dos filmes cujo resultado final é ligeiramente melhor do que as sensações que vamos tendo ao longo do filme, fica a sensação que por momentos o filme perde alguma objetividade e quando isso acontece parece que o filme entra por segmentos narrativos acessorios que acaba por quebrar algum do funcionamento global que o filme quer ter.
Mas mesmo assim temos um filme que é mais inquietante do que brilhante, um filme que funciona muito mais no seu lado enigmatico e na resolução do mesmo, do que propriamente pelos momentos de alto cinema, ou de uma narrativa completa, o segredo para o filme funcionar para alem da mediania esta na forma como consegue tornar o ambiente psicologico tão denso que o torna particularmente absorvente.
A historia fala de uma jovem, que efetua comprar pessoais para uma pessoa, que apos a perda do irmão gemeo, tenta entrar em contacto com o espirito do mesmo, começando ai, a receber no seu telemovel mensagens inquietas de proveniencia desconhecida.
O argumento tem pontos interessantes como a procura do contacto com o intelocutor das mensagens e um ou outro ponto que vai acontecendo na vida da personagem principal, e momentos menos funcionais, principalmente quando se torna muito proximo de um filme de terror adolescente. PEnso que na construçao da personagem o filme poderia ser mais forte.
Assayas e um realizador de tradição europeia que não foge a este estilo na construção deste filme, ou seja, temos muito do cinema europeu, na forma como o desaparecimento de imagem alimenta a intriga e o suspense, e mais que isso na forma como as cenas duram mesmo nada estando a acontecer de interativo. Na forma como tem crescido tem sido um dos valores serios do cinema europeu atual.
No cast, o filme e dominado de principio a filme pela protagonista Stewart, eu confesso não ser amante da forma como ela interpreta, acho as suas personagens repetidas, cheias de maneirismos, que não demonstram versatilidade, sendo aqui mais do mesmo, num filme que tinha espaço para muito mais em termos de interpretação.

O melhor - O twist final

O pior -Kristen Stewart

Avaliação - B-

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