
Sobre o filme, podemos
desde logo sublinhar que se trata de um filme com um estilo muito
independente e que isso em alguns pontos condicionam a força e o
peso final do filme, principalmente por ser demasiado silencioso, e
pela banda sonora que acompanha quase todo o filme que se torna
irritante.
Contudo não se
consegue ficar indiferente à historia e mensagem central do filme,
ainda que nem sempre bem potenciada na concretizaçao de um argumento
algo vazio para uma mensagem e uma ideia tão poderosa, ela acaba por
conseguir rebocar o filme para o lado positivo muito pela emoção e
sentimentos que o filme conduz na sua resolução, o que nem sempre é
facil, quando o filme se torna automaticamente exagerado sob o ponto
de vista de excentricidades independentes.
Parece claramente que
se trata de um filme feito para minorias com uma historia para
maiorias, e isso acaba por nem sempre encaixar ou dar coesão, entre
a forma e o conteudo. Fica a ideia que um filme mais maduro, mais
mainstream com uma base parecida mas mais preenchida poderia
funcionar de uma forma melhor, tornando-o mais do que um interessante
filme independente que acaba por ser.
A historia fala de um
cego, casado e com familia feliz., que um dia para o outro recupera a
visão, alterando completamente a sua forma de vida, conduzindo-o ao
rompimento com todo o seu passado, quer profissional quer relacional.
Em termos de argumento
penso que o significado da historia central e bem presente em todos
os seus pontos. Em termos de argumento mesmo não muito trabalhados o
lado emotivo de cada um deles serve os propositos de um filme que
deveria ter apenas mais intriga e muito mais dialogo, pois tornaria o
filme mais forte.
Ido Fluk um realizador
a procura de espaço no cinema independente americano tem um trabalho
demasiado independente, com bons momentos principalmente nas
transições dos estados dos personagens, mas penso que o filme tinha
espaço para um lado mais estetico que não fosse exigente do ponto
de vista de orçamento. Fica a ideia que poderia ser mais.
Depois de não ter
ficado surpreendido com a sua prestação em Bela e o Monstro, Dan
Stevens parece mais capaz para filmes mais exigentes, com um bom
papel, embora o mesmo pela forma como lidera o filme fosse simples de
executar. Nos secundarios bons planos para atores de um nivel mais
secundario como Platt e principalmente Akerman.
O melhor – A mensagem
do filme.
O pior – A banda
sonora
Avaliação - C+
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