Wednesday, April 12, 2017

The Ticket

Existem acontecimentos externos a filmes, que conduzem filmes e projetos para uma maior visibilidade ate então não esperada. Foi o que aconteceu com este The Ticket, que motivado pelo sucesso de Dan Stevens como monstro do classico da disney, acabou por observar ser lançado em alguns cinemas americanos um dos filmes que protagonizou o ano passado, e que foi lançado no festivel de Tribeca. A recepção critica do filme foi demasiado mediana para servir por si so de alavanca para o filme, e comercialmente estando numa fase inicial, não nos parece contudo filme para resultados de primeira linha
Sobre o filme, podemos desde logo sublinhar que se trata de um filme com um estilo muito independente e que isso em alguns pontos condicionam a força e o peso final do filme, principalmente por ser demasiado silencioso, e pela banda sonora que acompanha quase todo o filme que se torna irritante.
Contudo não se consegue ficar indiferente à historia e mensagem central do filme, ainda que nem sempre bem potenciada na concretizaçao de um argumento algo vazio para uma mensagem e uma ideia tão poderosa, ela acaba por conseguir rebocar o filme para o lado positivo muito pela emoção e sentimentos que o filme conduz na sua resolução, o que nem sempre é facil, quando o filme se torna automaticamente exagerado sob o ponto de vista de excentricidades independentes.
Parece claramente que se trata de um filme feito para minorias com uma historia para maiorias, e isso acaba por nem sempre encaixar ou dar coesão, entre a forma e o conteudo. Fica a ideia que um filme mais maduro, mais mainstream com uma base parecida mas mais preenchida poderia funcionar de uma forma melhor, tornando-o mais do que um interessante filme independente que acaba por ser.
A historia fala de um cego, casado e com familia feliz., que um dia para o outro recupera a visão, alterando completamente a sua forma de vida, conduzindo-o ao rompimento com todo o seu passado, quer profissional quer relacional.
Em termos de argumento penso que o significado da historia central e bem presente em todos os seus pontos. Em termos de argumento mesmo não muito trabalhados o lado emotivo de cada um deles serve os propositos de um filme que deveria ter apenas mais intriga e muito mais dialogo, pois tornaria o filme mais forte.
Ido Fluk um realizador a procura de espaço no cinema independente americano tem um trabalho demasiado independente, com bons momentos principalmente nas transições dos estados dos personagens, mas penso que o filme tinha espaço para um lado mais estetico que não fosse exigente do ponto de vista de orçamento. Fica a ideia que poderia ser mais.
Depois de não ter ficado surpreendido com a sua prestação em Bela e o Monstro, Dan Stevens parece mais capaz para filmes mais exigentes, com um bom papel, embora o mesmo pela forma como lidera o filme fosse simples de executar. Nos secundarios bons planos para atores de um nivel mais secundario como Platt e principalmente Akerman.

O melhor – A mensagem do filme.

O pior – A banda sonora


Avaliação - C+

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