Existem acontecimentos
externos a filmes, que conduzem filmes e projetos para uma maior
visibilidade ate então não esperada. Foi o que aconteceu com este
The Ticket, que motivado pelo sucesso de Dan Stevens como monstro do
classico da disney, acabou por observar ser lançado em alguns
cinemas americanos um dos filmes que protagonizou o ano passado, e
que foi lançado no festivel de Tribeca. A recepção critica do
filme foi demasiado mediana para servir por si so de alavanca para o
filme, e comercialmente estando numa fase inicial, não nos parece
contudo filme para resultados de primeira linha
Sobre o filme, podemos
desde logo sublinhar que se trata de um filme com um estilo muito
independente e que isso em alguns pontos condicionam a força e o
peso final do filme, principalmente por ser demasiado silencioso, e
pela banda sonora que acompanha quase todo o filme que se torna
irritante.
Contudo não se
consegue ficar indiferente à historia e mensagem central do filme,
ainda que nem sempre bem potenciada na concretizaçao de um argumento
algo vazio para uma mensagem e uma ideia tão poderosa, ela acaba por
conseguir rebocar o filme para o lado positivo muito pela emoção e
sentimentos que o filme conduz na sua resolução, o que nem sempre é
facil, quando o filme se torna automaticamente exagerado sob o ponto
de vista de excentricidades independentes.
Parece claramente que
se trata de um filme feito para minorias com uma historia para
maiorias, e isso acaba por nem sempre encaixar ou dar coesão, entre
a forma e o conteudo. Fica a ideia que um filme mais maduro, mais
mainstream com uma base parecida mas mais preenchida poderia
funcionar de uma forma melhor, tornando-o mais do que um interessante
filme independente que acaba por ser.
A historia fala de um
cego, casado e com familia feliz., que um dia para o outro recupera a
visão, alterando completamente a sua forma de vida, conduzindo-o ao
rompimento com todo o seu passado, quer profissional quer relacional.
Em termos de argumento
penso que o significado da historia central e bem presente em todos
os seus pontos. Em termos de argumento mesmo não muito trabalhados o
lado emotivo de cada um deles serve os propositos de um filme que
deveria ter apenas mais intriga e muito mais dialogo, pois tornaria o
filme mais forte.
Ido Fluk um realizador
a procura de espaço no cinema independente americano tem um trabalho
demasiado independente, com bons momentos principalmente nas
transições dos estados dos personagens, mas penso que o filme tinha
espaço para um lado mais estetico que não fosse exigente do ponto
de vista de orçamento. Fica a ideia que poderia ser mais.
Depois de não ter
ficado surpreendido com a sua prestação em Bela e o Monstro, Dan
Stevens parece mais capaz para filmes mais exigentes, com um bom
papel, embora o mesmo pela forma como lidera o filme fosse simples de
executar. Nos secundarios bons planos para atores de um nivel mais
secundario como Platt e principalmente Akerman.
O melhor – A mensagem
do filme.
O pior – A banda
sonora
Avaliação - C+
No comments:
Post a Comment