Sunday, April 02, 2017

Ghost in Shell

Nos ultimos anos Ghost in Shell tornou-se num das maiores series de culto do mundo Manga, dai que fosse obvio que com um ganho de uma maior importância por parte dos mercados orientais não só em termos de espetadores mas acima de tudo na construção de produtoras a adaptação de algumas das suas historias passasse a ser aposta de hollwood. No que diz respeito ao mundo manga este e a primeira adaptação declarada. Criticamente as coisas ficaram por uma mediania muitas vezes tipica de um blockbuster de segunda linha. Em termos comerciais os primeiros resultados apontam para alguma modestia principalmente nos mercado americano, já que no restante penso que os resultados serão a todos os niveis superiores.
Sobre o filme, posso dizer que sempre fui mais fã do sci fi tradicional do que do simplismo e estetica do cinema oriental. Este filme acaba por ser uma simples reunião de duas formas de fazer cinema, que por um lado tem o lado filosofico ainda que simplista das questões do sci fi, como a humanização dos robots contra a robotização dos seres humanos, mas também tem a simplicidade de procedimentos dos filmes orientais baseados sempre nos neons da evolução.
O filme não começa bem, perde demasiado tempo em nos dar a personagem na sua componente tecnica, com pouco ritmo principalmente para um blockbuster. No segundo ponto, mesmo sendo algo previsivel devido a sua simplicidade de processos o filme ganha principalmente na componente entertenimento, acabando por ser eficaz, sem grande brilhantismo é certo. Quando se olha para este filme percebe-se que está muito mais centrado nas suas componentes visuais do que narrativos e isso é claro no filme.
Tecnicamente não sendo um filme totalmente artistico é um filme vistoso algo confuso na projeção da realidade citadida do futuro permite que isso seja por outro lado o lado mais oriental de um filme com clara tradição desta zona do globo. E daqueles filmes que poderá ser criticado por alguma falta das componentes mais adultos manga, mas que me parece objetivo naquilo que quer ser, sem contudo nunca ser sequer um blokbuster de primeiro linha.
O filme fala de um robot construido apartir de um cerbero humano que integra uma divisão de defesa do governo que tem de combater um terrorista com uma motivação que vai acabar por conduzir a que a protagonista tenha conhecimento da origem da sua criação.
O argumento do filme, tem os elementos da historia central, e trabalha-os com grande simplicidade quer nas componentes mais fortes e ideologicas do filme, quer na forma como o mesmo narrativamente se desenvolve, sem grandes alterações, apenas alterando o ritmo de uma fase para a outra e o filme vai ganhando com isso.
Rupert Sanders regressao ao cinema depois do insucesso da sua branca de neve e mais conhecido por ter acabado com a relação idilica da dupla twilight. Aqui parece-me ter um trabalho mais interessante do que no seu filme anterior, indo buscar muitas influencias ao que Spilberg fez com IA. Parece por vezes nem sempre tornar o filme tão negro e manga como poderia ser. Ainda não ultrapassou a fase de tarefeiro.
No cast Joahnsson muito por culpa de Luc Besson tornou-se nos ultimos tempos uma actriz de acção sem grande conteudo nas personagens. Penso que funciona mas também torna a sua carreira mais redutora em papeis exigentes fisicamente mas faceis a nivel de interpretação. O filme com excepção da presença interessante de Asbaek não tem mais nada de relevo no seu cast.

O melhor – Alguns momentos visuais no filme.

O pior – Um inicio demasiado lento para um filme de açao puro


Avaliação - C+

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