Saturday, July 23, 2016

A Bigger Splash

Quase um ano depois de ter estreado em Veneza com uma recepção interessante, este filme do realizador italiano Luca Gudagnino conseguiu expansão aos EUA; ou não fosse um filme recheado de figuras conhecidas em termos do cinema mundial. Os resultados criticos do filme foram positivos de tal forma que alguns ainda referem que ate ao momento as unicas hipoteses de nomeaçoes estão precisamente neste filme. Comercialmente e para um filme europeu com poucas ambiçoes comerciais podemos dizer que os resultados estiveram longe de ser desastrosos.
Sobre o filme estamos perante um filme na sua forma de realiazar e na sua intensidade mais europeu do que americano, na forma como tudo a volta conta para dar o contexto fundamental para um filme de personagens e de relaçoes. E também nestes pese embora o conflito seja sempre latente e nunca expresso acaba por ser um filme com personagens muito particulares, algumas que funcionam bem melhor do que outras, e acaba por isso mesmo de ser um filme com melhores momentos em algumas personagens do que outras, com particular destaque para os desempenhados pelos mais consagrados como Tilda Swinton e Ralph Fiennes.
Outro dos trunfos do filme e a paisagem ao escolher uma bucolica vila italiana o filme consegue fechar as personagens num espaço obrigando-as a interagir continuamente o que acaba por ser o espaço para todas as emoçoes. Neste ponto o filme é rico a primeira hora a um ritmo interessante e com uma toada suave, que penso que funciona melhor do que quando o filme entra no seu lado mais negro, de mais intigra, que não funciona tao bem num filme mais expressivo do que falado, e principalmente com o lado escondido que o filme quer das personagens.
Mesmo assim uma historia interessante, que não sendo principalmente em termos narrativos uma obra prima, mas que na forma de realizar demonstra uma maior beleza tradicional do cinema europeu, que acima de tudo consegue captar algumas das boas interpretaçoes do ano, num filme que pede isso aos seus actores e estes respondem a um bom nivel.
A historia fala de uma famosa artista da musica que depois de ter problemas na voz refugia-se numa pequena vila italiana com o seu namorado mais novo, ate que recebem a visita de um estranho ex-amante dela e da sua filha que ira mexer com a tranquilidade do espaço, e com a definiçao das relaçoes.
Em termos de argumento o filme, não sendo na base nada de extraordinariamente diferente ou mesmo um filme que vá buscar particular impacto, mas principalmente na primeira hora e quando o filme e mais comedia do que drama tem bons dialogos. No lado mais emotivo e quando tem que ir buscar o climax emocional, penso que o filme poderia ter mais trunfos.
A realizaçao e a tipica europei, calma, muito centrada no contexto paisagistico e nas personagens, tem como mais valia a forma como filma a personagem de Swinton que em face das poucas palavras que transmite a sua expressao e o veiculo de comunicação e a realizaçao permite isso.
No cast duas das melhores interpretaçoes do ano, Fiennes novamente num excelente momento de forma, merece a atençao de um actor que sempre empregou muita qualidade as suas interpretaçoes e que me parece nunca ter sido reconhecido, aqui tem intensidade dramatica, valor comico, e interetação fisica. Ao seu lado uma Swinton tambem com um papel exigente prncipalmente porque lhe pede uma expressividade facial, que ela consegue dar, devido aos seus infinitos recursos. Duas das melhores interpretaçoes do ano, e que deixou a tarefa muito complicada aos companheiros de ecra mais novos.

O melhor – Ralph Fiennes e a beleza paisagistica

O pior – O filme quando quer ser drama não conseguir diferenciar-se


Avaliação - C+

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