Saturday, April 25, 2015

Ex-Machina

Normalmente os filmes de estreia de argumentistas na realização são obras inferiores ao que demonstraram literalmente. Pois bem em 2015, Alex Garland um fiel colaborador do lado mais Sci Fi de Danny Boyle tem a sua estreia na realizaçao com este filme sobre inteligencia artificial. O resultado critico foi positivo para o filme, com algumas das melhores avaliações deste ano, comercialmente mesmo não sendo um filme para muita gente, as coisas parecem ir no bom caminho com o facto do filme ter conseguido lançamento wide nos EUA.
Sobre o filme, AI foi um bom arranque para o que muitos pensavam ser um campo util para o cinema em termos de historia como o desenvolvimento das maquinas. Pois bem foi preciso esperar muitos anos para encontrarmos um filme tão, ou mesmo mais competente do que este sobre esta mesma tematica, e esse filme e Ex Machina. Tudo funciona no filme, que é exigente consigo, ao limitar tudo a um espaço, a quatro personagens e pouco mais. O resultado e brilhante em quase todos os niveis, na atualidade do tema, na forma como consegue integrar aspetos do nosso dia na explicaçao para tudo, em termos de dialogos brilhantes, e acima de tudo na componente moral.
E é um filme arriscado principalmente porque não tem medo de entrar no detalhe de explicaçoes inexistentes, porque não tem receio de pausar o filme quando assim tem de ser, e não querer que seja um ritmo acelerado, e na forma como é simplista ao maximo no detalhe de realização que torna tudo tão artistico.
Talvez por isso, é sem duvida um dos acontecimentos cinematograficos do ano, uma evidencia de que se pode fazer filmes narrativamente quase perfeitos sem descuidar de outros aspectos, de que muitas vezes os efeitos especiais não sao necessarios para um bom filme Sci Fi. E que os filmes podem ser não so exercicio de grande creatividade mas como de grande coerencia intelectual. E obvio que o filme tem defeitos, o maior dos quais, a forma facil como o protagonista se apaga, mas esses sao totalmente ultrapassados por todo o valor que cada componente consegue ter.
A historia fala de um jovem e solitario programador que ganha uma viagem para passar uma semana, com o dono da sua empresa, retirado num espaço proprio, onde tentar criar um robot com inteligencia artificial. Toda a semana vai ser um teste para perceber se a mesma foi descoberta.
O argumento e coeso, original, forte na forma na concretizaçao e ainda no detalhe, tem boas personagens, podendo ter dado mais enfase à personagem central, mas cada dialogos e uma forma clara de sublinhar como deve ser um guiao do filme, tem valor moral, e mais que isso não necessita de twist para resultar.
E obvio que Garland não e tao fantastico na realizaçao como e no argumento, mas neste campo não deixa de ter a sua marca, principalmente pelo facto de dar sentido ao ritmo lento, e a simplicidade de cada detalhe minimalista dao um toque pessoal a um filme muito proprio.
No cast o filme funciona principalmente nas escolhas de Isaac talvez a sua melhor interpretação, carismatico, misterioso, intenso, e desde já na minha opiniao um serio candidato as nomeaçoes para actor secundario, pena e a precocidade do filme. Do lado dos destaques a presença e força de Alicia Vikander que promete ser uma das surpresas do ano, e nada melhor que um filme e uma interpretação como esta para esse arranque, que comprova estarmos com um caso de mulher bonita e talentosa. Mais apagado fruto do papel Gleeson.

O melhor – A forma como a historia e rica em todos os sentidos.

O pior – Protagonista poderia ter mais carisma, ou ser mais dual


Avaliação - B+

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