
O Biopic e um genero
por natureza limitado quer pelo numero de titulos já existentes quer
pela sempre dificil transposiçao da realidade para o grande ecra com
as exigencias narrativas, dai que ultimamente temos assistido a
diversas tentativas de fazer este genero algo diferente na abordagem,
e podemos dizer que Get on Up tambem o tenta desde logo por não
seguir uma linhagem cronologica ou pelas conversas que James Brown
vai tendo com o espectador. E mesmo com esta inovação o filme
parece sempre nunca conseguir aproveitar os poucos elementos
inovadores que tem, e na forma como e montado temporalmente acaba por
tornar tudo muito confuso o que faz cortar o ritmo a um genero que já
de si não permite ritmos elevados.
E por este ponto
podemos perceber que o filme esta longe de ser um grande filme, não
que a vida de Brown não o tivesse permitido mas pelo facto de o
filme não abordar de forma contundente nenhum desses pontos a não
ser uma personalidade complicada auto centrada mas ao mesmo tempo
preocupada com as pessoas que o rodeiam. A forma como o filme se
centra apenas na personagem nunca permite um bom contexto para cada
situaçao e não permite que o filme tenha a força de cada um dos
actos da sua figura central.
O que evita o desastre
sao dois pontos distintos a personalidade de Brown bem colocada no
ecra e o foco maior do filme que da força a cada uma das situaçoes
relatadas bem como a excelente interpretação de Boseman, num papel
exigente a todos os niveis, que contudo tornam facilmente este filme
num filme menor no que diz respeito aos biopics musicais.
A historia fala-nos dos
momentos da vida de James Brown desde a infancia numa familia
carenciada que o abandona ate a luta pela sobrevivencia ate aos
poucos se tornar num idolo de uma geração afro americana.
O argumento de um
biopic nunca pode ser um poço de creatividade porque se encontra
confinado aquilo que a personalidade fez com a sua vida dai que aqui
temos algo tipico sem grandes rodeios ou abordagens proprias. O ponto
mais original que e as reflexoes com o espectador nunca tem a força
que se pensa a determinada altura do filme que possam ter.
Tate Taylor e um
realizador que chamou atençao nas Serviçais e que aqui tem um filme
mais exigente como realizador mas que não e totalmente satisfatorio
não comprovando por si so o valor já demonstrado, tem boa forma nos
momentos musicais mas no restante nunca deixa o seu cunho pessoal e o
filme tem espaço para isso.
Por fim o cast e aqui e
que o filme tem o unico ponto de elevadissimo nivel a construção de
Boseman e brilhante em todos os niveis, dramaticamente, entrega
mostra bem que este afro americano e um dos mais promissores dos
ultimos anos, e que consegue dar a intensidade em altos niveis de
exigentes com outro filme poderia certamente pensar nas nomeaçoes
para os oscares que assim tera de esperar por um proximo comboio que
a manter este nivel ira ser proximo.
O melhor – Chadwick
“Brown” Boseman
O pior – O carrossel
temporal
Avaliação - C
No comments:
Post a Comment