Sunday, December 28, 2014

Get on Up

Os Biopics de musicos do seculo XX foi nos ultimos anos um genero em voga não so em termos comerciais mas acima de tudo em termos de corrida aos premiros principalmente depois dos premios ganhos por Joaquin Pheonix em Johnny Cash e jammie Foxx como Ray Charles. Este ano mais uma figura mediatica do seculo passado tem o seu filme neste caso o polemico James Brown. O resultado do filme como os acima descritos criticamente foi positivo embora nos pareça que em termos de premios ficara aquem dos outros dois comercialmente pela falta de estrelas ou não o resultado não foi tao brilhante.
O Biopic e um genero por natureza limitado quer pelo numero de titulos já existentes quer pela sempre dificil transposiçao da realidade para o grande ecra com as exigencias narrativas, dai que ultimamente temos assistido a diversas tentativas de fazer este genero algo diferente na abordagem, e podemos dizer que Get on Up tambem o tenta desde logo por não seguir uma linhagem cronologica ou pelas conversas que James Brown vai tendo com o espectador. E mesmo com esta inovação o filme parece sempre nunca conseguir aproveitar os poucos elementos inovadores que tem, e na forma como e montado temporalmente acaba por tornar tudo muito confuso o que faz cortar o ritmo a um genero que já de si não permite ritmos elevados.
E por este ponto podemos perceber que o filme esta longe de ser um grande filme, não que a vida de Brown não o tivesse permitido mas pelo facto de o filme não abordar de forma contundente nenhum desses pontos a não ser uma personalidade complicada auto centrada mas ao mesmo tempo preocupada com as pessoas que o rodeiam. A forma como o filme se centra apenas na personagem nunca permite um bom contexto para cada situaçao e não permite que o filme tenha a força de cada um dos actos da sua figura central.
O que evita o desastre sao dois pontos distintos a personalidade de Brown bem colocada no ecra e o foco maior do filme que da força a cada uma das situaçoes relatadas bem como a excelente interpretação de Boseman, num papel exigente a todos os niveis, que contudo tornam facilmente este filme num filme menor no que diz respeito aos biopics musicais.
A historia fala-nos dos momentos da vida de James Brown desde a infancia numa familia carenciada que o abandona ate a luta pela sobrevivencia ate aos poucos se tornar num idolo de uma geração afro americana.
O argumento de um biopic nunca pode ser um poço de creatividade porque se encontra confinado aquilo que a personalidade fez com a sua vida dai que aqui temos algo tipico sem grandes rodeios ou abordagens proprias. O ponto mais original que e as reflexoes com o espectador nunca tem a força que se pensa a determinada altura do filme que possam ter.
Tate Taylor e um realizador que chamou atençao nas Serviçais e que aqui tem um filme mais exigente como realizador mas que não e totalmente satisfatorio não comprovando por si so o valor já demonstrado, tem boa forma nos momentos musicais mas no restante nunca deixa o seu cunho pessoal e o filme tem espaço para isso.
Por fim o cast e aqui e que o filme tem o unico ponto de elevadissimo nivel a construção de Boseman e brilhante em todos os niveis, dramaticamente, entrega mostra bem que este afro americano e um dos mais promissores dos ultimos anos, e que consegue dar a intensidade em altos niveis de exigentes com outro filme poderia certamente pensar nas nomeaçoes para os oscares que assim tera de esperar por um proximo comboio que a manter este nivel ira ser proximo.

O melhor – Chadwick “Brown” Boseman

O pior – O carrossel temporal


Avaliação - C


No comments: