Existe uma panóplia de filmes realizados com fundos
independentes que tem como principal objectivo tentar lançar jovens
realizadores com ideias próprias, que gostam de arriscar. O cinema tem lugar
para alguns, dai que a selecção tenha que ser natural. Um dos filmes que marca
uma tentativa por parte de um realizador novato é este The Wait, com duas das
actrizes mais procuradas por este segmente este foi um dos registos que não
teve o sucesso desejado criticamente o mais ambicionado, mas por ligação directa
também comercialmente.
The Wait é um autentico expoente máximo do que o cinema experimental
independente pode dar ao cinema, ou seja um filme ambíguo, na maior parte da
sua duração estranho, e em algum momentos absurdos, numa tentativa de nos dar
um filme sobre algo superior que ainda no fim do filme procuramos, como uma
hora e meio de cinema pouco direccionado quase sempre sem grande nexo, cujo
objectivo primordial nunca chega a existir.
Por vezes questiono-me o que um filme com tão pouco sentido
como este, esteticamente pouco vistoso ambiciona, e aqui as respostas são difíceis,
explorar a loucura e os excessos da condição humana, não me parece já vimos
filmes bem mais fortes e menos autistas do que este, então fica um pouco difícil
discernir qual o objectivo real de um filme como este.
E posto isto muito difícil encontrar um bom aspecto neste filme,
em alguns pontos a ideia central da negação da morte, que contudo nunca
consegue ser bem explorada nem tão pouco o filme se centra suficientemente dela
para conseguir dar lucro talvez a única boa ideia que o filme realmente tem.
A historia fala de duas irmãs que após a morte da mãe tentam
negar a mesma negando para a sociedade a sua morte e pior que isso explorando
diversas vezes alguns rituais que segundo pensam pode-a trazer de novo a vida.
O argumento até pode ter uma premissa interessante que de
facto até é no mínimo original, mas não a consegue fazer funcionar e isso
deve-se ao fraco e absurdo argumento pouco coeso, funcional quase sempre monótono,
e com pouco rasgo condiciona um filme que tem em si o centro.
Tambem em termos de realização o filme esta longe de
brilhar, muitos planos escuros quase sempre demasiado rígidos, o que por si só
não vale nem como objecto creativo e inovador de um cinema que deve escolher
melhor os seus representantes.
Quanto ao cast e difícil perceber como Jena Malone uma jovem
que acaba por ganhar alguma dimensão em Hunger Games dá o corpo a um filme com
tão pouco nexo, que poderia ser uma boa experiencia mas que o guião rapidamente
percebia que não, uma actriz que vale mais que isto já Sevegny sempre gostou de
project distantes dai talvez a sua carreira nunca ter sido o boom que muitos
esperavam e neste registo vai ser quase para sempre a menina dos indies e
alguns actos sexuais
O melhor – A premissa da morte escondida
O pior – Esta não ser acompanhada de mais nada
Avaliação - D
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