Friday, March 14, 2014

The Bag Man

Existem actores que depois de uma carreira recheada de grandes sucessos ao entrar no pos cinquenta tem dificuldade em encontrar o seu lado positivo no cinema uma forma de continuarem dentro dos parâmetros que estavam habituados. Um dos casos mais paradigmáticos desta formula é John Cusack, que após ter perdido o lado mais comico, esta com dificuldades em encontrar o futuro apostando numa serie de thrillers sem grande nexo. Este Bag Man é mais um que mais uma vez não conseguiu grandes resultados principalmente críticos com péssimas avaliações, e comercialmente o filme não chegou a obter qualquer lançamento pelo que o resultado foi o possível
Sobre o filme, podemos dizer que quando um filme não sabe bem aquilo que quer nem para onde vai, e que apenas tenta ser curioso a capacidade deste filme resultar é quase nula, e para isso encontramos basicamente uma premissa que tem tanto de estranho como de sem fundamente, numa tentativa de serie b de fazer um filme puzzle resultar quando nunca o faz.
O problema do filme e que nunca arranca, parece sempre um carro que anda para tras e para a frente no mesmo lugar dai que nunca chegue ao seu destino e aqui reside o grande e o mais frustrante problema do filme ou seja nunca e objectivo, tenta sempre entrar na eluquencia da situação e no jogo de personagens que mais não são do que simples seres ocultos para fortalecer o lado mais negro do filme e conduzir calmamente a uma solução que poderia ser declrada no primeiro minuto.
Ou seja temos um emaranhado narrativo num filme que tenta ser noir mesmo na comedia mas que nunca resulta, nunca ficamos presos a pensar na razão de tudo aquilo pois o filme na maior parte do tempo é tão absurdo que pouco ou nada mais interessa do que propriamente desvendar o mistério e esquecer o que tudo aconteceu antes.
A historia fala de um assassino contratado que tem como função entregar num quarto de motel um saco sem olhar para o que está lá dentro, contudo aqui começam a surgir muitas pessoas interessadas no saco o que faz a personagem entrar numa luta sem limites para cumprir a sua tarefa.
O argumento e desde inicio até a sua conclusão um labirinto de ideias sem sentido nenhum a isso junta-se personagens obtusas completamente longe da realidade algumas delas com pontas soltas que nunca surgem novamente, e diálogos frustrantes principalmente em termos humorísticos, neste ponto salva-se a parte final uma conclusão que mesmo não sendo brilhante e melhor de que todo o filme.
A realização é escura, tem esse objectivo mas nunca o consegue ser de forma artística temos quase sempre uma forma de filmar perdida, as sequencias de carro são mesmo algo sem sentido nenhum a escolha de planos de um realizador que procurou aqui um espaço num género e com um filme que dificilmente poderia resultar.
Cusack nunca foi um grande actor mas defendeu-se sempre bem na comedia pelo seu ar simpático e desajeitado, agora numa fase onde quer dar umas nuances de bad boy, as coisas simplesmente não resultam primeiro porque as suas ferramentas de interpretação e intensidade são reduzidas e depois porque não tem versatilidade para o fazer e neste filme isso esta bem presente. De Niro continua a coleccionar objectos cinematográficos que em nada dignificam a sua carreira este é mesmo do pior.

O melhor – A conclusão

O pior – todo o caminho até então


Avaliação – D+

No comments: