Sunday, February 19, 2012

Jane Eyre

Desde o inicio do ano, a atenção em filmes de epoca lançados e imensa pois muitas vezes ate os filmes mais pequenos do genero podem chamar atençao aos olhos da critica mais tradicional, principalmente se trouxer consigo algumas das estrelas emergentes de um novo cinema. Assim e mesmo sem estrear em Wide este filme acabou por receber reconhecidas valorizações o que pese embora nao tenha conduzido a um reconhecimento comercial permitiu que o filme fosse mantendo algum mediatismo e surgisse com duas nomeações para os oscares em categorias tecnicas, reconhecendo o seu valor critico em deterimento do seu valor comercial.
Jane Eyre e um filme tradicionam embutido num espirito conhecido da BBC, ou seja um filme algo silencioso sobre personagens mais do que narrativas, sobre sofrimento e daqueles filmes com muita força sentimental e que reside em si a força que o filme tem, contudo como a maior parte os filmes ingleses perde por alguma perda de liberdade de movimentos pela forma como vai perdendo ritmo ao longo da sua duracção tornando se mesmo aborrecido na sua parte final.
POr outro lado a falta de intensidade nao poe em causa a boa narrativa que o filme tem consigo num formato muito utilizado em filme de culto e com algum primor independente o grande problema do filme acaba por ser a determinada altura nao conseguir mesmo nos momentos surpreendentes ganhar entusiasmo sem impulsionado para outro tipo de filme ou vivencia com maior profundidade.
Outro dos pontos que poderia ser mais potenciado e os seus blocos temporais serem por vezes demasiado longos o que faz perder as pontas soltas dos ja abordados anteriormente. Mas mesmo assim estamos perante um bom filme, bem filmado, bem interpretado com uma narrativa sobre liberdade e amor com a intensidade necessario, onde apenas uma montagem demasiado e enigmatica faz perder a intensidade que poderia ter.
O argumento tem como a sua grande força as suas personagens centrais principalmente o par romantico e a intensidade que a relação vai assumindo, tem valores fortes na forma de cinema e isso acaba por ser forte na propria força da historia do filme, nao e um poço de novas coisas mas e uma historia com uma dinamica literaria intensa.
Em termos de realização e mais um produto BBC com a rigidez e riqueza produtiva que e conhecida, tem momentos de uma estetica profunda mas ao mesmo tempo parece sempre preso de maior alcance. E daqueles filmes que enquadra o ja feito no mesmo registo.
Em termos de cast temos duas das melhores prestacçoes do ano Mia mostra ser uma actriz adulta que deseja assumir um papel de relevo como nunca assumiu num papel dificil e intenso, mas Fassambander e tambem daqueles actores que depois de um ano como este sera difici perder espaço, e mesmo que a injustiça da nao nomeaçao depois de tantos papeis fortes exista e com filmes como este que constriu uma carreira para voos superiores.

O melhor - As interpretaçoes centrais

O pior - O ritmo lento britanico.

Avaliação - B-

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