Friday, February 03, 2012

The Descendants


Desde os ultimos anos que muita gente esperava o novo filme de Alexander Payne depois de a alguns anos atras quase ter conseguido vencer os oscares numa pequena comedia sobre vinhos que salientou a forma muito correcta e concreta com que o realizador mas tambem argumentista consegue escrever. Para este regresso nada melhor do que pegar no senhor hollywood de momento, ou seja Clooney e fazer um drama familiar, a maneira que a critica mais tradicional gosta. Os resultados incriveis nao so em termos criticos terreno prodigo para o autor, mas tambem em termos comerciais o filme chamou a atençao de si, depois de vencer diversos premios como os globos de ouro e estar perfilado na corrida aos oscares.
O primeiro ponto que devemos dizer deste filme e que e de longe o melhor filme do realizador pela primeira vez ele conseguiu pegar num drama concreto de personagens e com o seu estilo simples e solto conseguir aligeirar com promenores e situaçoes irrisorias sem tirar a intensidade que o filme lhe merece. E daqueles filmes que por muito pouco que tenha a sua volta e feito com uma perfeiçao e pensado em tanto pormenor que se torna grande em si mesmo, principalmente na forma como e escrito e na forma como deixa as personagens se crescerem em si propria.
E uma obra singular, quase perfeita de um cinema básico sobre pessoas efectuado por alguem que as estuda bem e as gosta de filmas da forma que elas realmente sao, mesmo que os contextos nem sempre sejam os mais generalistas.
Alias o grande erro do filme no meu entender reside no contexto demasiado soft e pouco interessante do Havai o filme poder-se-ia passar em qualquer lugar, podendo mais dar alguma intensidade narrativa que o filme ja tem que basta, e acima de tudo lhe retirava a banda sonora que a determinada altura ja e impossivel de ouvir.
E dos melhores filmes do ano indiscutivelmente parece talvez sem o alcance para ser o filme do ano, mas figurara sempre nas listas de 2011.
O filme fala de um pai que se ve sozinho com as suas filhas depois de a sua mulher ter um acidente que a deixa em coma, assim tem que preparar a familia para a morte da mãe, enquanto descobre que esta nos ultimos momentos de vida o traira.
O argumento e o ponto forte em toda a linha do filme, nao so pela historia e desenvolvimento da mesma, mas acima de tudo no balanço de argumento com dialogos e situaçoes dificeis e acima de tudo numa excelente construçao de personagens o verdadeiro sonho e mais valia do filme.
Dizer que a realizaçao de Payne e brilhante e exagerado alias nunca um filme dele valeu especialmente pela sua forma de filmar, mas sempre mais pela sua forma de contar historia, neste caso teve sorte que o filme foi demasiado bem amado, para lhe permitir a nomeaçao que parecia continuamente lhe escapar.
Em termos de cast a escolha de Clooney parece a melhor nao so na dimensao que quer dar ao filme, mas no protagonismo critico que o filme quer. O senhor Hollywood corresponde com o melhor possivel, com uma das suas melhores interpretações embora continuo a dizer que e um actor limitado a alguns tiques embora em desenvolvimento, contudo neste filme esta mais fraco, mais perto da humanidade, sendo que as suas expressoes faciais e principalmente a sequencia da despedida lhe podem valer o oscar num ano menor em interpretações masculinas, onde apenas Dujarin lhe podera roubar protagonismo. O restante cast ao nivel de todo o filme ou seja muito bom.

O melhor - A facilidade de um argumento abarcar tantas emoções distintas

O pior - A banda sonora

Avaliação - B+

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