Wednesday, February 01, 2012

J. Edgar




Nos ultimos anos sempre que Clin Eastwood lança um projecto os holofotes de Hollywood fixam-se para perceber que tipo de filme vão ter perante si, pois bem, numa cadencia de filmes nunca antes vista eis que surge o novo filme, novamente um biopic, desta vez do mitico fundador do FBI, com a chancela do argumento do consagrado e jovem Blake, que ja anteriormente fizera a homenagem a Harvey Milk, tendo inclusive ganho o oscar para melhor argumento. A uniao prometia mas desde as primeiras criticas começaram a surgir os assobios para um filme que muito prometia e que conduziu a criticas demasiado variadas para um filme que podia sonhar com algo elevado. E como estas criticas nunca inidiciam bom resultado comercial o filme batalhou muitas vezes sem glorias nem resultados em resultados demasiado simples e modestos para um filme com tantos condimentos.




Desde logo podemos dizer que a opção de homenagear tal figura nos parece certa, pela dimensao dos feitos pela personalidade e pelo objecto de interesse que poderia ter, contudo penso que o filme passa no que realmente fez a vida de Edgar demasiado rapido para se centrar em demasia na sua ambivalencia sexual, demasiado explorada e sem resultado pratico para aquilo que o filme quer ser, mesmo tenha escondido uma moratoria bem personificada o valor do que quer transmitir nao e necessario para o filme lhe dedicar tanta atençao colocando em segundo lugar pontos talvez mais fundamentais na personagem.




Outro dos pontos tambem nos parece mais executados no filme e a fracção temporal e a montagem que faz com que os cortes temporais sejam tambem eles cortes exagerados no raciocinio dos espectador, pensando sempre que este tem o filme decorado o que nem sempre acontece muito devido a uma falta de ritmo na sua fase inicial.




Pese embora estes defeitos estamos perante um filme forte, intenso, que da a conhecer todos os lados de uma personalidade ambigua e quer lo fazer dessa forma, não cai em facilitismo e isso acaba por ser importante em alguma imponencia que o filme atinge. Nao e um filme de grandes linhas mas a intensidade dos feitos acaba por se reflectir na força da personagem central.




O filme fala da subida e queda ao longo do tempo do fundador do FBI na criaçao de um estilo de novas formas de investigaçao do seu valor para o que se faz hoje, mas tambem as suas formas mais humanas e os seus conflitos continuos.




O argumento pese embora permita a intensidade e construa bem a personagem central e daqueles que perde na diferença de enfoque estando mais focado no superficial do que realmente o filme deveria tratar, e isso acaba por tornar o filme algo tendencioso e pouco profundo em determinados aspectos.




Eastwood e talves dos melhores realizadores a filmar personagens e os seus sentimentos e a força do seu olhar e aqui a forma como filma a personagem central na sua ambivalencia e brilhante nem sempre o filme acompanha este nivel e isso acaba por tirar alguma intensidade tambem ao seu trabalho.




Em termos de cast Di Caprio tem naturalmente um grande papel, dificil exigente e quase sempre levado a intensidade maxima que o poderia conduzir facilmente a uma nova nomeaçao caso o filme acompanhasse o seu nivel. Pena e que nem sempre os seus parceiros acompanhassem a sua interpretação inclusive Harmer em boas graças mas que demonstra aqui ainda ser pouco mais do que uma boa aparencia.








O melhor - O mito da personagem








O pior - Dificuldades de enfoque no essencial








Avaliação - B-

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