Tuesday, December 07, 2010

You Will Meet a Tall Dark Stanger




É normal considerar Woody Allen uma das figuras mais emblmeaticas do cinema contemporaneo, mesmo que nos ultimos anos tenha repartido a sua filmiografia em dramas ou filmes que fogem da sua rotina normal de filmes de muitas personagens, excentreico e com uma moratoria apurada, com o seu cinema de comeida habitual de falas rápidas e situações do dia a dia. Para este ano e apos o sucesso de Vicky Cristina Barcelona, e novamente com o apoio espanhol surgiu este pequeno filme, mais envolvido no cinema comum de Allen, contudo a resposta esteve longe de ser a esperada, tendo Allen tido o seu segundo fiasco seguido, quer citicamente onde nao foi alem do vulgar, mas comercialmente sendo pela segunda vez colocado de lado dos mercados mais expansivos.

Olhar para este filme e observar um regresso ao mais natural e ao mais Allen que se pode imaginar, um conjunto de personagens todas elas de mal com a vida, a tentar recuperar momentos perdidos, e acima de tudo a velocidade dos dialogos, contudo o filme perde desde logo pela falta da presença do proprio Allen habitual quando os filmes assim são. Contudo este registo parece ja estar gasto e nao vimos em Allen nenhuma capacidade de fazer render mais este peixe, com qualquer actor que seja.

Para alem disto dos filmes que ja vi, este e de certeza um dos com menos conteudo quer estrutural quer mesmo do plano de fundo, quase nunca consegue ser engraçado ou mesmo interessante nas vivencias que tras, e a determinada altura o filme e tao condensado que acaba por nao ter saida resultado num dos piores finais que me lembro de um filme de um realizador tao conceituado.

Salva-se alguns momentos das personagens, principalmente da de Hopkins e a sua relaçao com o envelhecimento, tudo o resto tem muitos pontos perdidos e isso nao dá andamento ao proprio filme.

O filme centra-se uma familia e no seguimento efectuado por dois idosos apos o divorcio e a forma diferente como encaram a situação, este facto tem ainda consequencias para a filha do casal e no seu relacionamento com um escritor com mau feitio. Amores e desamores a moda tipica de Woody Allen.

Em termos de argumento o nova iorquino ja teve momentos mais felizes ultimamente principalmente quando foge deste registo mais comum em si. Neste filme perde porque nao consegue dar a profundidade natural as situaçoes, as personagens, e mesmo os dialogos nao estao ao nivel que normalmente nos habituou.

A realização de Allen esta mais teatral do que nunca, o que nao e um aspecto que de todo seja negativo no filme, a forma como segue as personagens como se de uma sitcom se tratava acaba por se tornar a melhor opçao ao longo de todo o filme.

O cast mais recheado do que nunca tem em Watts e Brolin, boas interpretações pelo caracter intenso e explosivo que dao as suas personagens sempre no limite, aspecto que parece renascer a primeira para os bons papeis, e o segundo num bom momento de forma que perdura a alguns anos. Hopkins num papel mais veterano, pouco exigente e Pinto e Banderas mais relacionados com o carisma e presença fisica do que propriamente pela sua qualidade enquanto actores.


O melhor - A realizaçao de Allen


O pior - A falta de profundidade da historia



Avaliação - C

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