Monday, December 06, 2010

Unstoppable




A ligação entre Denzel Washington e Tony Scott tem sido tão grande como a de Burto e Deep, com a diferença que no segundo caso a variedade de argumentos e filmes e bem maior. Ou seja se olharmos para os ultimos quatro filmes de Scott encontramos em todos eles um paralelismo total entre a forma de realizar, o argumento e acima de tudo na personagem de Washington e embora pareça facil assumir que o filme tem sido aperfeiçoado, os resultados vão em sentidos tambem ele semelhantes principalmente em termos comerciais com resultados positivos sem deslumbrar. Criticamente contudo neste ultimo filme as coisas correram ligeiramente melhor, normalmente nao saem da mediania mas com este unstoppable as coisas correram para valorizações a maior parte delas muito positivas

É facil assumir a loucura do realizador por meios de transportes, ja foram avioes, carros, metro e agora mesmo um comboio como maior ameaça. Para quem viu o ultimo filme do realizador existe muito pouco de novo, ou seja quase so muda o contexto onde o filme ocorre, e podemos tambem dizer que a personagem de washington poderia mesmo ser a mesma. Isto por um lado faz com que o cinema actual de Scott esteja demasiado previsivel, contudo o filme ganha claramente ao primeiro desde logo pela intensidade impressa, nao para um segundo sem espaço para tempos mortos num filme claramente mais curto.

A ligação que depois Scott consegue incutir neste filme entre as personagens e bem mais forte do que nos ultimos filmes e o filme ganha poder comercial com este feito aproveitando alguma sensibilidade que acabou por tornar scott famoso. Scoot esta longe de ser um creativo, alias os seus filmes normalmente sao aquilo que esperamos, contudo como obreiro de obras planas poucos conseguem chegar ao seu patamar e longevidade.

Perde pelo tantativa de ser demasiado serio, a determinada altura faz falta ao filme algum humor, que zsabemos que pode ser utilizado, mas o facto de tentar ser o mais factual retira esta possibilidade.

O filme fala de um erro humano que faz com que um comboio recheado de material inflamavel se encontre descontrolado e sem qualquer tipo de piloto pondo em risco as populações e dois maquinistas de um comboio menor, que tem de lutar pela sobrevivencia sua e da população.

O argumento e demasiado preso ao basico em filmes de acção nao perde tempor em grandes dialogos ou grandes rasgos de creatividade nem tao pouco artilha as personagens, tenta ser eficaz em ser o mais intenso e ritmado possivel para o publico e acaba por conseguir.

Scott ganhou nos ultimos tempos uma forma de filmar muito proprio, com um estilo que se esta a tornar inconfundivel na forma de fazer filmes de acção onde o movimento da camara e a sua rebeldia sao o mais visivel, contudo neste filme a determinado ponto muda a estrategia e para bem do filme com a opçao quase total por uma cobertura televisiva do proprio filme, que permite um contexto proprio ao filme, e permite que este adquiria alguma originalidade e personalidade.

Em termos de cast pensamos que Scott continua a nao aproveitar bem Washington em personagens demasiado lineares, neste filme e a personagem estereotipo que parece ter criado, onde nada muda so os restantes elementos. O heroi de acção aqui fica a cargo de Pine, um jovem actor em ascenção que passa no teste de carisma para assumir para si um filme de estudio de acção. Dawson tem a frescura necessaria para o papel.


O melhor - A cobertura televisiva dentro do proprio filme


O pior - Ser mais do mesmo, mesmo que mais forte


Avaliação - B-

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